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Coronavírus: paraibanos relatam como está a rotina na Itália, Espanha e em Portugal; assista

De acordo com Mércia Madruga, a população está sendo multada na Espanha, caso descumpra as medidas de prevenção do governo.

Por Redação T5 Publicado em
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Diante da pandemia do Coronavírus no contexto mundial, a paraibana Mércia Madruga mora na Espanha e contou ao Portal T5 como está a rotina da população no país.

De acordo com Mércia, as pessoas estão vivendo o quinto dia de isolamento e o exército está passando nas ruas avisando para não saírem de casa. "É uma situação extremamente complicada. Não imaginávamos que iria chegar a esse ponto, no começo a gente até fazia brincadeiras e festas com o tema do coronavírus", contou.

"Hoje somos 11 mil infectados e 500 mortos. Então, tudo indica que vamos precisar estender essa quarentena que a princípio era de duas semanas", disse.

Ela disse ainda como o governo espanhol está lidando com a situação. "Muita gente ainda não está levando a sério e o governo adotou outras medidas mais severas, como multar as pessoas nas ruas. Inclusive, elas podem ser presas se descumprirem", afirmou.

"Só podemos sair nas ruas apenas para comprar no supermercado ou na farmácia. As escolas, parques e outros locais estão fechados. Algumas pessoas conseguem autorização para sair de casa por motivos de trabalho ou familiar. Estamos saindo com máscaras, luvas e mantendo uma distância de no mínimo 1 metro", pontuou.

"No supermercado, por exemplo, há fila para entrar e só pode entrar uma pessoa por família. As pessoas estão comprando exageradamente e já tem produtos faltando", acrescentou.

"Queria dizer ao Brasil que ainda dá tempo desse caos não chegar aí e de adotarem as medidas de prevenção a tempo", aconselhou.

Kécia Moneiro, também paraibana, vive na Itália e relatou ao Portal T5 como a população está vivendo a pandemia do coronavírus.

"Passamos da primeira semana de quarentena nacional e não foi fácil. Nos primeiros dias até foram, mas ter a rotina quebrada dessa maneira é desesperador. As ruas continuam vazias, houve uma escassez de máscaras e álcool em gel, mas começamos a encontrar esses itens aos poucos", disse.

"As pessoas entenderam da maneira mais radical que precisam ficar em casa e hoje tivemos a primeira boa notícia desde que tudo isso começou. O número de contagiados teve uma discreta redução", acrescentou.

"Nós estamos enxergando nisso a luz no fim do túnel, o incentivo para continuarmos sacrificando a nossa vida social, é ficando em casa que vamos passar por isso", disse.

"Antes de ontem foram quase 400 mortos, ontem 349. É desesperador ouvir falar de morte o tempo todo. Na minha cidade, temos 7 mil habitantes e os casos somam 11 até hoje", desabafou.

"As ruas estão desertas, a prefeitura recrutou voluntários para levar mantimentos e remédios para pessoas que não tem como sair de casa. As escolas estão começando a montar um esquema de aulas on-line para tentar salvar o resto do ano escolar (o ano acaba em junho pra nós)", contou.

"Do ponto de vista mental, está difícil também... mas tentamos pensar que estamos em casa, com a nossa família. Algumas pessoas estão chorando no hospital, no cemitério. Então não estar doente, ou não ter um parente doente, no meio desse caos, já é um prêmio", finalizou.

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Uma publicação compartilhada por Portal T5 (@portalt5) em 17 de Mar, 2020 às 10:22 PDT

Confira o relato deste outro paraibano em Portugal:



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