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“Não há uma situação de absoluta desordem nas ruas”, diz Moro sobre motim da PM no Ceará

Na manhã desta segunda-feira (24), Sergio Moro sobrevoou Fortaleza para acompanhar a Operação da Garantia da Lei e da Ordem

Por Redação T5 Publicado em
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Desde terça-feira (17), parte dos policiais militares do Ceará parou de trabalhar para protestar contra o reajuste salarial oferecido pelo governo estadual. Camilo Santana pediu, então, ajuda ao governo federal, que enviou na quinta (20) 150 homens da Força Nacional de Segurança.

No mesmo dia o presidente Jair Bolsonaro autorizou também o envio de homens das Forças Armadas por meio da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Segundo Azevedo e Silva, são 2.600 homens do Exército no Ceará. O governo do Ceará, por enquanto, diz que não negocia com os policiais que ocupam batalhões por todo o estado.

Camilo Santana já disse que não aceitará anistiar aqueles que participam do motim e que a oferta de reajuste salarial está no limite do que o estado pode dar. Para soldados, o aumento foi de R$ 3.400 para R$ 4.500, parcelado em três vezes até 2022.

Na quarta (19), o assunto chegou ao cenário nacional com os tiros que o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) recebeu em Sobral (270 km de Fortaleza), sua base eleitoral. Cid tentou invadir um batalhão ocupado dirigindo uma retroescavadeira e foi alvejado duas vezes. Ele já recebeu alta.

Até o momento 230 policiais militares foram afastados por 120 dias para serem investigados por participação nas paralisações. Eles terão que devolver armas, distintivos e algemas e ficarão fora da folha salarial no período. Outros 37 foram presos acusados de deserção, por não se apresentarem para trabalhar em operação especial de Carnaval no interior do estado. "Não há possibilidade de anistia", reiterou André Costa, secretário de Segurança do Ceará.

A maior parte do efetivo do Exército, que cuidará do patrulhamento ostensivo nas ruas de Fortaleza e região metropolitana, começou a trabalhar no domingo (23) e já houve uma redução dos homicídios, comparado com os quatro dias anteriores. No domingo foram 25, contra 34 no sábado (22) e 37 na sexta (21), somando agora 147 homicídios nos cinco dias de paralisação.

"Não há uma situação de absoluta desordem nas ruas, as pessoas estão saindo, não há saques, os estabelecimentos comerciais estão funcionando. Há uma situação sob controle, claro, dentro de um contexto relativamente difícil já que parte dos policiais está paralisado. O governo federal veio para garantir a segurança da população nesse período", disse Sergio Moro.

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