Ataques com agulhas são registrados durante Carnaval em Recife e Olinda
Pelos menos cinco mulheres deram entrada em um hospital de Recife neste domingo (23)
Ao menos cinco ataques com agulhas foram registrados neste domingo (23) durante blocos de Carnaval em Recife e Olinda. Pelo menos cinco mulheres deram entrada em um hospital da capital pernambucana. Elas se queixavam de picadas de agulhas, que teriam levado durante os eventos.
Três vítimas disseram ter sido agredidas em Olinda e duas no Recife, durante o desfile do Galo da Madrugada, no sábado (22). As informações são do Jornal do Commercio.
Funcionários do Hospital Correia Picanço, na Tamarineira, informaram que também uma criança foi levada à unidade, com suspeita de ter sido vítima de agulhada, mas o caso teria sido encaminhado ao Imip, na área central do Recife.
O primeiro caso teria acontecido durante desfile do Galo da Madrugada, na altura da avenida Dantas Barreto, por volta das 17h40 do sábado, no fim do desfile, segundo a vítima.
“Estava em grupo com minha família e senti uma picada de leve na minha coxa e não dei crédito na hora. Passei a mão no local e até olhei para o indivíduo (agressor). Tentei avisar a ele que alguma coisa que ele segurava estava machucando as pessoas, mas não dei crédito, passei a mão e prossegui”, conta a vítima, que não quis se identificar.
A mulher informou que sua perna chegou a sangrar. “Depois de limpar o sangue, procuramos o posto policial em frente à Igreja do Carmo. E aí encaminharam a gente para o Corpo de Bombeiros, que mandou a gente procurar o posto médico, e assim foi um (setor) repassando para o outro e não tive atendimento seguro em nada”, relatou.
De acordo com ela, a Polícia Militar não teria levado em consideração a denúncia. “Isso é descaso. A Polícia está ali para combater alguma coisa errada, mas quando a gente recorre, dando um alerta de um caso como esse, é deixado de lado”, diz. “O homem que estava dando agulhadas poderia até ter matado muita gente que estava ali”, acrescentou.
O outro caso ocorreu na Travessa João Alfredo, em Olinda, também por volta das 18h. Ela sentiu uma picada no ombro direito no sábado, mas procurou o Hospital Correia Picanço apenas no domingo, depois de ver relatos semelhantes nas redes sociais. “Quando foi hoje, eu vi relatos nas redes sociais de outras pessoas que teriam sido vítimas, e decidi vir para cá para fazer exames. A reação foi só na hora da picada. Depois, não senti nada”, disse.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco abriu um procedimento para apurar o caso. Em relatos feitos na redes sociais, uma das vítimas contou que foi agredida quando brincava em Olinda. Ela diz que procurou atendimento e foi medicada com um coquetel para evitar contaminação de doenças sexuais. Na postagem, ela não informa a unidade em que foi atendida.
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