Governo lança campanha de prevenção à gravidez na adolescência
No Brasil, os números de jovens grávidas estão 50% acima da média mundial.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Ministério da Saúde (MS) lançaram nessa segunda-feira (3) a campanha “Adolescência primeiro, gravidez depois – tudo tem o seu tempo”.
Conforme a Secretaria de Estado da Saúde (SES), 456 meninas tinham entre 11 e 14 anos quando foram mães, em 2018, na Paraíba.
A proposta tem o objetivo de reduzir os altos índices de gravidez na adolescência que, no Brasil, estão 50% acima da média mundial. A cada mil meninas, 46 se tornam mães adolescentes. Na América Latina, o índice é de 65,5. Já no Brasil, o número sobe para 68,4. Atualmente, mais de 434,5 mil adolescentes se tornam mães por ano no país.
A ministra do MMFDH, Damares Alves, falou sobre a iniciativa. “Estamos há um ano conversando sobre isso, porque precisamos mudar os números que estão postos. Buscamos inúmeras propostas, conversamos com todos: especialistas, pais, adolescentes. Conversamos e tivemos a coragem de falar sobre retardar o início da vida sexual, incluindo esse tema em toda a gama de métodos preventivos que já existem”, disse.
Para Damares, estamos diante de um problema de saúde pública. “Não é um assunto moral, nem tão somente de comportamento. Há muitas coisas que nos dividem e separam, mas a vida precisa nos unir. Eu acho que todos concordam com isso, então precisávamos fazer alguma coisa”, explica.
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