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Organizador do encontro de sertanejos com Bolsonaro diz que classe não é contra meia-entrada

A questão da meia-entrada foi citada por Doreni Caramori, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Eventos (Abrape), em seu discurso.

Por Redação T5 Publicado em
CUIABANO E BOLSONARO
 Cuiabano Lima  e Jair Bolsonaro Cuiabano Lima e Jair Bolsonaro Foto: Reprodução / Pedro Ladeira / Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O locutor Cuibano Lima, que convidou artistas sertanejos a prestar uma homenagem a Jair Bolsonaro, afirma que o tema da meia-entrada nunca foi discutido no encontro que ocorreu nesta quarta-feira (29). "Fomos levar apenas uma carta de agradecimento e de apoio ao presidente. Foi a primeira vez que um presidente abriu o gabinete dele para o pessoal do sertanejo, do chapéu e do agronegócio", afirma Lima.

A questão da meia-entrada foi citada por Doreni Caramori, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Eventos (Abrape), em seu discurso. Mas o Executivo reforça que nenhuma proposta ou pedido oficial foi feito ao a Bolsonaro.

"Esse é um benefício de extrema importância. Não discuti se ele deveria acabar ou não. O meu objetivo foi apresentar as dores do setor e uma delas é a obrigação legal do mercado de entretenimento de oferecer a meia-entrada sem nenhuma compensação, ao contrário do que ocorre em outros setores", explica o presidente.

Caramori diz que é possível se inspirar em outros exemplos que possuem contrapartidas para mudar essa situação. "De qualquer forma, não chegamos com uma proposta. A injustiça histórica de que falei se refere ao fato de você ter uma cadeia produtiva que oferece um benefício em nome do estado sem nenhum contraponto e isso deixa essa cadeia produtiva desequilibrada", afirma ele.

Durante o discurso, o presidente da Abrap afirmou que "Meio-livro não existe. Não existe meia-bicicleta, meio-caderno. Tem uma série de meios que estimulam a cultura que não são vendidos pela metade do preço. Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de determinados setores sem nenhum tipo de compensação. Precisamos corrigir essa injustiça histórica."

Cuibano Lima ainda afirma que o convite aos sertanejos foi apenas para demonstrar apoio a Bolsonaro. Nenhum deles foi carregado de uma proposta oficial ou pedido a ser feito ao presidente. "Nós já fizemos isso antes. Quando ele foi diplomado, também fizemos um almoço em que foram também Gian & Giovani e Bruno & Marrone", lembra o locutor.

Para Lima, Bolsonaro já age a favor do Brasil. "Ele esta resgatando os valores da família, da sociedade, da educação, de respeito e da disciplina. Ele ainda está recuperando a nossa imagem do país lá fora", defende o locutor.

Produtor rural, além de atuar na área do entretenimento, o locutor afirma, ainda, que teve a oportunidade de falar com os ministros do meio ambiente, Ricardo Salles, e com a Tereza Cristina, ministra da Agricultura. "Sabemos da importância da preservação da natureza, mas é importante também prover alimento para a população mundial", afirma ele.

O EVENTO

Na última quarta-feira (29), em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro recebeu o apoio de uma série de cantores sertanejos em que teria prometido aos artistas o fim da meia-entrada. 
Alguns artistas que foram convidados e apareceram na lista de presença do evento afirmaram que não estiveram lá. Matheus e Kauan e o rapper Hungria, por exemplo, publicaram em suas redes sociais notas informando que não responderam ao convite.

A lista da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) contava com mais de 30 nomes de artistas, incluindo o ator Dedé Santana, que foi alvo de críticas na internet pelo apoio.

O Palácio do Planalto atualizou a lista de participantes da cerimônia de quarta na tarde desta quinta (30). Foram retirados 22 nomes e acrescentados outros quatro (a lista completa está abaixo). Foram enviadas no total três listas com os nomes dos participantes, duas delas na quarta e uma última nesta quinta.



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