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Cerveja contaminada? Funcionário teria ameaçado fabricante após demissão em dezembro

Uma pessoa morreu e ao menos dez foram internadas com após supostamente terem ingerido a cerveja Belorizontina, da Backer

Por Redação T5 Publicado em
Cerveja belorizontina backer

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou por meio de nota, neste sábado (11), que um supervisor da cervejaria Backer registrou, em 19 de dezembro de 2019, um boletim de ocorrência contra um funcionário que havia sido demitido. Após ter sido informado de que seria desligado da empresa, o funcionário teria feito ameaças no interior da empresa, e então seu superior se dirigiu à delegacia para informar o ocorrido.

Uma pessoa morreu e ao menos dez foram internadas com após supostamente terem ingerido a cerveja Belorizontina, da Backer. Uma substância presente em lotes da bebida é suspeita de ter relação com os sintomas apresentados por essas pessoas, que incluem insuficiência renal, alterações neurológicas, vômitos e náuseas.

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Em sua nota, a Polícia Civil afirma que o supervisor da Backer não foi à delegacia dar continuidade a uma ação penal e que, por isso, não foi instaurado um termo circunstanciado de ocorrência. Dessa forma, não houve evolução do caso.

A polícia não detalhou as ameaças e não explicou se podem ter relação com a intoxicação, mas destacou que "não descarta nenhuma possibilidade" em sua investigação.

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A assessoria de imprensa da Backer afirma ter se tratado de um boletim de ocorrência "entre particulares".

Segundo a Polícia Civil mineira, a substância dietilenoglicol foi encontrada em amostras de cerveja pilsen Belorizontina, nos lotes L1 1348 e L2 1348. A substância química é usada para evitar que líquidos congelem e impedir que evaporem.

A Backer divulgou duas notas, na sexta-feira (10), reiterando que a substância dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos. A diretora de marketing da cervejaria, Paula Lebbos, anunciou que as atividades da empresa seriam paralisadas no sábado (11) para análise de operação e processos.

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Afirmou ainda que irá recolher, caso seja de interesse do consumidor, outros lotes da cerveja Belorizontina, mesmo que não sejam os lotes L1-1348 e L2-1348, a partir de segunda (13). Nesse caso, o cliente, de porte do cupom fiscal da compra, deve procurar o estabelecimento comercial onde adquiriu o produto e fazer a devolução. Ele será ressarcido no momento da devolução.

Na sexta-feira (10), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou o fechamento da Cervejaria Backer.

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A Backer está presente em 11 estados brasileiros, entre eles São Paulo, Rio, Bahia e Espírito Santo, além de Minas. A cerveja é amplamente consumida em Minas Gerais e venceu premiações internacionais, como a Copa de Cervezas de America.

Auditores fiscais federais agropecuários seguem apurando as circunstâncias em que ocorreram a contaminação. A polícia instaurou na quinta ação cautelar e informou que várias frentes de ação serão adotadas. A investigação está na fase inicial, e segundo a polícia, não há informação se foi intencional.

"A situação é grave, e os consumidores estão expostos a risco", afirma Amauri da Mata, promotor do Procon Estadual.

O primeiro caso notificado data de 30 de dezembro. Todas as vítimas são homens, com idade entre 23 e 76 anos. Eles têm em comum o fato de terem frequentado recentemente o bairro Buritis, na zona oeste da capital -um dos mais populosos de Belo Horizonte, com 30 mil moradores e grande concentração de bares.

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