Brasil e Argentina assinam acordo para aumentar número de voos entre países
O novo acordo não precisa ser aprovado pelo Congresso, pois é uma emenda de um que já existia, dos anos 1940. Isso responde a pedidos de companhias aéreas dos dois países.
SYLVIA COLOMBO
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Um dos acordos que serão assinados entre Brasil e Argentina nesta quinta-feira (5) é o que amplia a quantidade de voos semanais entre os países.
Até agora, o limite era de 133, com sete para voos de carga. Com o novo acordo, o limite passa para 170 por semana, e termina o limite para aviões de cargas. O novo acordo não precisa ser aprovado pelo Congresso, pois é uma emenda de um que já existia, dos anos 1940. Isso responde a pedidos de companhias aéreas dos dois países.
No caso da Argentina, a pressão vinha por conta da entrada de algumas low-cost no mercado, como a Flybondi e a JetSmart. O Brasil também vinha pressionando, por conta da demanda na temporada de férias.
Hoje é o último dia da Cúpula do Mercosul, que acontece em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. O evento começou na na quarta-feira (4), com a reunião dos ministros da economia e das relações exteriores, e hoje, com os presidentes do bloco.
A revisão da TEC (tarifa externa comum), uma das principais pautas do encontro, ficará para 2020.
O Brasil entregou a presidência pro-tempore do bloco ao Paraguai afirmando que, ainda assim, foram feitos avanços nessa discussão, mas que não foi possível chegar a um acordo e que o tema será discutido em 2020.
Em vez disso, foram anunciados um acordo de reconhecimento de indicação geográfica para produtos locais -nos moldes do existente na União Europeia-, a redução da burocracia e a diminuição de custos para o funcionamento do bloco e um acordo de proteção policial nas fronteiras.
Aguarda-se para esta quinta o anúncio de um acordo automotivo entre o Brasil e o Paraguai, apenas mencionado pelo chanceler Antonio Rivas Palacios.
Em seu discurso de abertura, o chanceler Ernesto Araújo disse que o Mercosul saiu da caverna e está à luz do sol. "Apagou-se a memória do Mercosul protecionista. Saímos da caverna e saímos para a luz do sul, e não voltaremos a caverna", afirmou.