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Bancos abrirão agências em horário estendido para renegociação de dívidas

As instituições vão oferecer educação financeira e renegociar dívidas em atraso

Por Redação T5 Publicado em
Fila de banco

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os grandes bancos brasileiros anunciaram nesta quinta-feira (21) que vão abrir parte de suas agências em horário estendido por uma semana, de 2 a 6 de dezembro, para oferecer educação financeira e renegociar dívidas em atraso.

Essa é a primeira medida concreta de um acordo firmado entre o BC (Banco Central) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para melhorar a educação financeira do país. O projeto tem quatro pilares, que devem ser implementados até maio de 2020.

Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander vão abrir 261 agências até as 20h na semana do programa -a lista de agências será divulgada na próxima segunda (25).

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"Todos os bancos participantes vão oferecer condições mais vantajosas para que esses clientes renegociem, mas cada um terá a liberdade de exercer sua própria política de negociação. Alguns podem dar prazos maiores, outros podem oferecer créditos mais baratos para uma troca de dívidas. Mas é um compromisso dos bancos para essa semana", disse o diretor de autorregulação da Febraban, Amauri Oliva.

Grandes bancos e varejistas tradicionalmente oferecem descontos e renegociações de dívidas no fim do ano, quando trabalhadores têm o dinheiro extra do 13º salário e, em alguns casos, das férias.

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As demais iniciativa são o lançamento de uma plataforma online de educação financeira, um concurso e um trabalho conjunto entre as instituições para a semana nacional de educação financeira, sobre o qual não foram divulgados mais detalhes.

A plataforma online mapeará os hábitos do consumidor e oferecerá um programa de fidelidade com descontos e benefícios para aqueles que seguirem as chamadas "trilhas educacionais". BC e Febraban não deram detalhes de quais tipos de benefícios poderiam ser oferecidos, afirmando apenas que o tema está em discussão.

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já declarou ter o plano de condicionar juros menores a consumidores que fizerem cursos de finanças.

De acordo com o chefe do departamento de promoção da cidadania financeira do BC, Luis Mansur, a ideia é que essas ações colaborem para a redução dos juros ao consumidor. A justificativa é que, com mais informações, a população tomaria crédito de forma mais consciente, o que poderia reduzir a inadimplência.

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Ele não soube, porém, mensurar quando a queda de juros poderia ocorrer e nem em qual magnitude.

"O cidadão mais bem informado consegue fazer melhor uso dos serviços financeiros e tomar decisões melhores. É um plano de trabalho bastante completo e sabemos que isso acabará tendo um impacto positivo na inadimplência, mas ainda não conseguimos fazer essa mensuração", completa Mansur.

Um estudo recente do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) aponta que mais da metade das dívidas em atraso no país estão ligadas a instituições financeiras.

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Do lado bancário, apesar dos esforços de todas as instituições financeiras que participarão do programa em cortar gastos, a semana de mutirão trará um aumento do custo operacional, com o pagamento de agências, funcionários, marketing e publicidade.

"Toda iniciativa tem um aumento significativo nos gastos, mas é um esforço importante para levar adiante essas ações. De alguma forma, acreditamos que pode trazer algum retorno positivo", disse Oliva.

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