Pesquisadora aponta existência de células nazistas em João Pessoa
Ao todo, a existência de 334 células de grupos nazistas foram identificadas em atividade no Brasil.
A existência de 334 células de grupos nazistas foram identificadas em atividade no Brasil. Uma pesquisadora brasileira identificou que a maioria se concentra nas regiões Sul e Sudeste, porém, há registros em cidades como Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Feira de Santana (BA) e Rondonópolis (MT).
Conforme a pesquisa, os grupos estão divididos em até 17 movimentos. Entre eles, hitleristas, supremacistas/separatistas, de negação do Holocausto ou ainda três seções locais da KKK (Ku Klux Klan) sendo duas em Blumenau (SC) e uma em Niterói (RJ).
As células são grupos de três a 40 pessoas com ideologias e atividades em comum. De acordo com Safernet, os grupos promovem a intolerância embasados no nazismo que prega a superioridade e a pureza racial gerando agressão, humilhação e discriminação. Essas pessoas fabricam, comercializam, distribuem símbolos, a cruz suástica, por exemplo, e a defesa desses pensamentos nazistas.
A antropóloga da Unicamp, Adriana Magalhães, foi a responsável pelos dados que apontam a extensão desses grupos. Os detalhes do assunto e os números completos devem ser publicados em um livro.
Por meio das pesquisas, ela identificou mais de 6.500 endereços eletrônicos de organizações nazistas em língua portuguesa e ainda milhares de neonazistas brasileiros em fóruns internacionais.
"Normalmente, no Brasil, as células não se conhecem, não se conectam, a não ser as grandes. São grupos de pessoas que conversam, que se reúnem, e eu localizei essas reuniões por sites na internet, blogs ou fóruns. Nenhum deles tem uma corrente única. Eles leem autores que, pelo mundo, brigam um com o outro", explicou ao blog do Pichonelli, do Uol.
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