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Busca por defensores públicos dispara com alto índice de desemprego no país, diz associação

O dado foi divulgado pela presidente da Associação dos Defensores Públicos do Rio de Janeiro (Adperj), Juliana Lintz

Por Redação T5 Publicado em
Defensoria pública na Paraíba
Defensoria pública na Paraíba (Imagem: Reprodução)
Foto: Vitor Feitosa/Portal T5

A procura por defensores públicos teve registro de um forte aumento nos últimos anos, por conta do crescimento do desemprego entre a população mais pobre ou mesmo da classe média, que precisa serviços jurídicos, mas não tem condições de contratar um advogado.

O dado foi divulgado pela presidente da Associação dos Defensores Públicos do Rio de Janeiro (Adperj), Juliana Lintz, na abertura do XIV Congresso Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos, que se iniciou nesta terça-feira (12) e segue até a próxima sexta-feira (15) no Rio de Janeiro.

“Sou presidente da associação há quatro anos e a crise econômica ficou mais forte. Em alguns municípios, como os que viviam da exploração do petróleo, a demanda mais do que quintuplicou. E todo o ano vem aumentando. No Rio de Janeiro há defensores em 100% das comarcas, mas ainda acumulamos comarcas, o que não é o ideal. Hoje nós somos quase 800 defensores em atividade, mas precisaríamos de mais uns 20%”, disse Juliana.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, participou da abertura do congresso e chegou a se emocionar quando lembrou os primeiros casos que ele defendeu, recém-formado em direito, de pessoas extremamente pobres, em São Paulo.

“Eu trabalhei com a defensoria pública, com a defesa do povo desprovido. O papel de cada um que está aqui é o de dar voz aqueles que não têm voz. Vocês conversam com o povo que não tem acesso à Justiça. Quando ninguém mais fala pelos desvalidos, nem situação, nem centro, nem oposição, nem direita, nem esquerda, hoje nós temos uma instituição de Estado que defende os necessitados”, disse Toffoli.

A abertura do congresso também contou com as participações do governador do Rio, Wilson Witzel, e do escritor e intelectual português Boaventura Souza Santos, professor da Universidade de Coimbra.

O Brasil tem pouco mais de 6 mil defensores públicos estaduais para atender a demanda existente. O país conta com 11 mil juízes e 10 mil promotores.

Via Agência Brasil

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