Empresa grega nega que tenha sido responsável por vazamento de óleo

A empresa grega Delta Tankers negou que o navio Bouboulina tenha sido o responsável pelo vazamento de petróleo no mar, que atingiu o nordeste, e declarou que ainda não foi procurada pelo governo brasileiro. Novas manchas foram encontradas perto da fronteira da Bahia com o Espirito Santo.

A Polícia Federal informou que a empresa foi notifica, porém a Delta Tankers nega, e diz que consultou o sistema de câmeras e sensores do navio e não encontrou nenhuma prova de que tenha havido operação de abastecimento em alto mar, ou vazamento de combustível. A empresa também declarou que concorda em compartilhar esse material quando for procurada pelo governo.

A polícia brasileira está aguardando informações da marinha da Grécia, a multa pelo crime ambiental pode chegar a R$50 milhões. O policial federal Franco Perazzoni disse que as etapas para prosseguir com a investigação vão além da esfera policial:

"Quando a gente trata, né, principalmente, de crimes transnacionais, a gente está lidando com sistemas jurídicos diferentes. E principalmente quando a gente está tratando como navegação de uma bandeira grega, que se encontra numa outra nação, você se depara com várias situações. Isso depende de uma série de medidas, que entram no campo da diplomacia, da cooperação jurídica internacional, e que foge, inclusive, da própria esfera policial".

O presidente Jair Bolsonaro participou de uma reunião, na manhã dessa segunda-feira (4), no Ministério da Defesa e discutiu a situação. Mais de quatro mil toneladas de resíduos foram retiradas das praias, mas de acordo com a Marinha, não é possível dizer quanto óleo ainda chegará no litoral.

Novas manchas de petróleo foram encontradas perto da fronteira da Bahia com o Espírito Santo, e o governo anunciou reforço na operação de limpeza das praias, que contará com navios da Marinha, aeronaves e um grupo de fuzileiros.

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