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Para evangelizar, Irmã Dulce tocava sanfona e harmônica; conheça a relação da religiosa com a música e o contato com Raul Seixas

Religiosa fundou o grupo musical 'Milionárias do Ritmo', formado por operárias e freiras.

Por Redação T5 Publicado em
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Foto: Acervo Memorial Irmã Dulce

Reconhecida como a primeira santa brasileira neste domingo (13), Irmã Dulce não enxergava barreiras quando o objetivo era evangelizar. Depois de prestar os votos e tornar-se freira, nos anos 1930, a cristã descobriu a música.

Irmã Dulce não tinha formação teórica em música, mas tinha bom ouvido. Gostava de Beethoven e logo aprendeu a tocar harmônica e sanfona.

Na vida missionária, levava a sanfona para tocar modinhas para os presos na penitenciária onde prestava assistência social. Nos anos 1960, após fundar um orfanato na cidade de Simões Filho, animava as crianças tocando e dançando música.

Em 1947, quando atuava do Círculo Operário da Bahia, fundou o grupo musical Milionárias do Ritmo, formado por operárias e freiras. O conjunto se apresentava antes da exibição de filmes no Cine Roma, cinema fundado para arrecadar fundos para a entidade.

Para conseguir recursos para suas obras sociais, Irmã Dulce não tinha preconceito e abria espaço até para novidades como um tal rock'n'roll. Foi no Cine Roma que aconteceram as primeiras apresentações de Raul Seixas, que na época liderava o conjunto Raulzito e os Panteras.

O diretor do Círculo Operário, frei Hildebrando Kruthanp, foi contra os shows de rock no local. Mas Irmã Dulce bancou as matinês e assinou o contrato com o grupo liderado por Raul. Não há registros, contudo, de que a relação entre a futura santa e o autor de "Rock do Diabo" tenha ido além da burocracia.

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JOÃO PEDRO PITOMBO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)



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