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Petrobras diz que já recolheu mais de 200 toneladas de resíduos oleosos em praias

Segundo a companhia, cerca de 1.700 agentes estão envolvidos nas operações

Por Redação T5 Publicado em
MANCHAS DE OLEO 11 10 2019
Foto: Reprodução / Bahia no Mar

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras informou nesta quarta (16) que já recolheu mais de 200 toneladas de resíduos oleosos em praias do Nordeste atingidas pelo vazamento de origem ainda desconhecida. Segundo a companhia, cerca de 1.700 agentes estão envolvidos nas operações.

A estatal foi acionada pelo Ibama (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) para ajudar na limpeza das praias. A empresa diz que vem atuando desde o dia 12 de setembro, mas reforçou que o óleo encontrado nas praias não pertence às suas operações.

Segundo o último boletim do Ibama, divulgado na noite de terça (15), 167 localidades em 72 municípios já foram atingidas pelo óleo. As investigações sobre a origem do vazamento estão a cargo da Marinha. Dois laudos indicam que trata-se de óleo da Venezuela, mas não se sabe como chegou ao país.

"Ao todo, a Petrobras mobilizou cerca de 1.700 agentes ambientais para a limpeza das áreas impactadas e mais de 50 empregados para planejamento e execução da resposta", disse a companhia. As ações são coordenadas pelo Ibama.

O trabalho mobiliza cinco Centros de Defesa Ambiental e nove Centros de Resposta a Emergência da empresa. São instalações espalhadas pelo país para concentrar equipamentos e pessoal para resposta a emergências em suas operações.

Na nota, a Petrobras afirmou que análises feitas pelo seu centro de pesquisas (Cenpes) indicaram que o óleo encontrado não foi produzido em suas operações. A conclusão, diz a empresa, foi tomada com base na comparação com banco de dados de análises geoquímicas de cada tipo de petróleo que a empresa produz.

Um laudo sigiloso da própria estatal e análise da Universidade Federal da Bahia apontam que o óleo tem características semelhantes ao produzido na Venezuela. Simulações feitas por especialistas em oceanografia apontam que foi despejado entre 500 e 1.000 quilômetros em frente aos estados de Pernambuco e Paraíba.

A Marinha diz que enviou alertas a 30 navios que passaram pela região semanas antes do aparecimento das manchas, mas até agora não respondeu se houve resposta.



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