Desigualdade de renda entre pobres e ricos no Brasil bate recorde
Um levantamento divulgado pelo IBGE atestou um aumento na concentração de renda no Brasil, e também mostrou a diferença salarial entre homens e mulheres
Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que os brasileiros no topo da pirâmide ganharam, em média, aproximadamente R$28 mil por mês em 2018, o valor corresponde a quase 34 vezes o rendimento da metade mais pobre da população, que foi de R$820. É a maior desigualdade de renda desde de 2012, ano em que a pesquisa começou a ser feita.
Enquanto os ganhos da parcela mais rica da população cresceram mais de 8%, o rendimento dos 30% mais pobres caiu, explica a gerente da PNAD Contínua, Maria Lucia Vieira:
"Eles acabam sofrendo mais numa época de recessão do que aqueles que têm um trabalho com carteira de trabalho, funcionários públicos, que têm uma proteção social maior, né? Então aqueles que estão mais informalizados acabam sofrendo mais".
Ainda de acordo com o IBGE, a diferença salarial entre homens e mulheres chegou a 22% em 2018. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua , a PNAD Contínua, revelou que homens receberam, em média, R$2.460 por mês, enquanto o rendimento das mulheres não passou de R$2 mil.
Para incentivar o empreendedorismo feminino, a empresária Gabriela Teló e uma sócia criaram um ambiente de colaboração entre mulheres, onde reuniões de negócios e contatos on-line com clientes podem ser feitos.
De acordo com Gabriela, a aproximação entre mulheres fortalece a luta por igualdade no mundo corporativo: "É sobre justiça que a gente tá falando, porque um homem que faz a mesma coisa que eu, tem uma formação às vezes menor que a minha, ganha mais do que eu?".
Outro dado relevante é que a renda de pessoas brancas, de em média R$2,897, é quase 30% superior à média nacional. Em 2018, pardos e negros ganharam cerca de R$1.100 a menos.
Veja mais:
+ Justiça mantém prisão de suspeito de participar de estupro coletivo em Santa Rita