Bolsonaro diz que grupo do PSL atropela e que ameaças precisam ter 'um ponto final'
Desde o início do mês, Bolsonaro tem protagonizado uma disputa com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar.
TÓQUIO, JAPÃO (FOLHAPRESS) - Em seu último dia de agenda de compromissos no Japão, o presidente Jair Bolsonaro se queixou das disputas internas em seu partido, o PSL, e disse que ameaças de punições na legenda "têm de ter um ponto final".
Na manhã desta quarta-feira (22), noite de terça-feira (21) no Brasil, ele conversou com um grupo de jornalistas brasileiros, incluindo a Folha. Segundo ele, um núcleo de sua sigla tem atropelado o restante do partido.
Desde o início do mês, Bolsonaro tem protagonizado uma disputa com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar. A queda-de-braço já levou ao afastamento dos deputados Delegado Waldir (GO) e Joice Hasselmann (SP), do grupo de Bivar, de funções de líderes.
Em resposta, o dirigente da sigla articulou a abertura de processo de suspensão da legenda de 19 parlamentares alinhados a Bolsonaro. O núcleo do presidente, no entanto, conseguiu uma liminar para travar o andamento do caso.
"Acabou de ter uma liminar suspendendo essa pretensão do senhor Luciano Bivar", disse Bolsonaro.
"Não tem nada a ver [esse embate]. Um lado, você sabe qual é que é, está atropelando. Fala-se tanto em democracia dentro do Parlamento, né? E não é como fizeram há pouco, já expulsaram gente", acrescentou.
O presidente ressaltou que não gosta de falar no assunto porque não exerce cargo na cúpula da sigla, mas avaliou que chegou a hora de dar um ponto final na disputa interna.
"Não entro no mérito, até porque sou apenas filiado ao partido, nada mais além disso. E tomam decisões de tirar gente de comissão. Então, acredito que isso aí tem de ter um ponto final", afirmou.
Na volta de uma viagem de mais de dez dias pelo continente asiático, o presidente já disse que pretende conversar com alguns integrantes do grupo de Bivar, em uma tentativa de se chegar a um consenso. Para ele, a situação deve passar por um arrefecimento.
Além do Japão, o presidente visitará a China, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes e o Qatar. Ele só retornará ao Brasil em novembro. Nos demais países, o foco será melhorar a relação comercial com as nações asiáticas e aumentar o comércio de proteína animal.
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