'Tenho o benefício da dúvida', diz deputada Flordelis sobre assassinato do marido
Inicialmente, a deputada sustentou que o crime se tratava de um assalto
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) defendeu-se nas redes sociais, na noite deste sábado (22), das acusações de que estaria envolvida no assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, 42.
Ela afirmou que tem o "benefício da dúvida" mesmo após ter apresentado uma versão inicial rejeitada pela polícia. Inicialmente, a deputada sustentou que o crime se tratava de um assalto.
"Outros comentários me condenam pela primeira versão minha de assalto. Quem faz isso, como reagiria ao ouvir tiros em casa, que mataram o marido, numa madrugada de uma cidade violenta?", questionou.
O assassinato aconteceu no domingo (16), por volta de 4h, após o casal chegar de uma confraternização. Ao entrarem em casa, no bairro de Pendotiba, Anderson retornou à garagem para pegar algo no carro e disparos foram ouvidos. Dois filhos do casal estão presos temporariamente sob suspeita do crime.
Flordelis contou em entrevista após o assassinato que percebeu que o veículo dirigido por Anderson estava sendo perseguido por duas motos, em Niterói. A deputada disse, ainda, que o pastor evitou que criminosos invadissem a casa da família.
A delegada Bárbara Lomba, da Divisão de Homicídios de Niterói, afirmou, em entrevista à TV Globo, que não descarta a participação de qualquer familiar do pastor em seu assassinato, o que incluiria Flordelis.
Ela descartou a suposta perseguição narrada pela deputada, assim como um suposto latrocínio.
Lomba afirmou que as investigações continuam para apurar todo o contexto do crime e que "várias pessoas" ainda devem ser ouvidas.
O celular de Flávio Rodrigues, 38, que confessou ter disparado seis tiros contra o pai, continua desaparecido, assim como o aparelho da vítima.
Nas redes sociais, Flordelis negou a acusação de que estaria escondendo os celulares e disse que ficará aliviada caso os aparelhos sejam encontrados.
Ela também afirmou que as confissões dos dois filhos não são suficientes para condená-los. "Eu não quero acreditar [na autoria dos filhos] e o meu coração de mãe me dá direito à esperança", escreveu.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)