Mesmo após críticas, STF compra buffet com lagostas e vinhos importados
As opções de cardápio exigidos pela licitação do Supremo incluiam desde a oferta de café da manhã, passando pelo "brunch", almoço, jantar e coquetel.
Nem as críticas, tampouco os questionamentos do Ministério Público e uma ação popular foram suficientes para o Supremo Tribunal Federal (STF), desistir de acertar a compra de medalhões de lagosta e vinhos importados - com premiação internacional - para as refeições servidas aos seus integrantes e convidados.
A licitação previa originalmente gasto de até R$ 1,134 milhão, mas o valor final do contrato ficou em R$ 481.720,88, de acordo com a assessoria do STF. Ela também afirmou que tudo foi realizado "observando todas as normas sobre o tema e tendo por base contrato com especificações e características iguais ao firmado pelo Ministério das Relações Exteriores e validado pelo TCU".
A empresa, com sedes em Brasília e Curitiba, já atuou na Copa das Confederações de 2013, na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, eventos que foram sediados no Brasil. Em sua página oficial na internet, a Premier diz que a "credibilidade e excelência" são as suas marcas.
O menu exigido pela licitação do Supremo inclui desde a oferta de café da manhã, passando pelo "brunch", almoço, jantar e coquetel. Na lista, estão produtos para pratos como bobó de camarão, camarão à baiana e "medalhões de lagosta" servidas "com molho de manteiga queimada".
No cardápio, pratos como bacalhau à Gomes de Sá, frigideira de siri, moqueca (capixaba e baiana) e arroz de pato. O menu ainda traz vitela assada, codornas assadas, carré de cordeiro, medalhões de filé e "tournedos de filé".
No caso dos vinhos, Tannat ou Assemblage, contendo esse tipo de uva, de safra igual ou posterior a 2010 e que "tenha ganhado pelo menos 4 (quatro) premiações internacionais".