Eduardo Bolsonaro afirma que armas nucleares garantem a paz
Fala aconteceu durante evento da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados
Durante evento da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, da qual é presidente, o deputado federal, Eduardo Bolsonaro, defendeu a posse de armas nucleares e afirmou que o "politicamente correto" o impossibilita de se pronunciar abertamente sobre as chaces de guerra com a Venezuela.
O evento, que ocorreu nesta terça-feira (14), foi um encontro do parlamento com estudantes da Escola Superior de Guerra, onde se formam militares do Exército, Marinha e Aeronáutica.
"São bombas nucleares que garantem a paz. Se nós já tivéssemos os submarinos nucleares já finalizados, que têm uma economia muito maior dentro d'água; se nós tivéssemos um efetivo maior, talvez fôssemos levados mais a sério pelo (Nicolás) Maduro, ou temidos pela China ou pela Rússia.", declarou.
Ele disse ainda que não há debate no Congresso sobre o assunto. "Esse assunto não é pauta nesse momento, eu sequer vejo debate nesse sentido. A gente sabe que, se o Brasil quiser atropelar essa convenção, tem uma série de sanções, é um tema muito complicado. Mas acredito que possa voltar ao debate aqui.", afirmou.
O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares foi assinado por 189 países.
Eduardo citou a Índia e o Paquistão como exemplos de países que não assinaram esse tratado.
"Paquistão e Índia, como é a relação dos dois? Se só um tivesse bomba nuclear, a relação não seria a mesma. Sou entusiasta dessa visão. Vão dizer que eu sou agressivo ou que quero tocar fogo no mundo, mas enfim. De fato. Por que o mundo inteiro respeita os Estados Unidos? Explodiram o World Trade Center, o que eles fizeram? Passaram por cima de tudo quanto é veto e invadiram o Iraque.", declarou.
Falando com os militares presentes na ocasião, ele afirmou:
"Estamos tendo um problema com a Venezuela, e o politicamente correto me impede de falar algumas coisas, então tenho que falar que está tudo muito bem, que nós nunca entraremos em guerra e podem ficar tranquilos. É claro, é uma ironia, o que eu estou falando", disse.