TV Tambaú
Clube FM
Nova Brasil Maceió
º

Justiça bloqueia R$ 3,75 bilhões de investigados da Lava Jato

Se condenados, os bens e valores dos envolvidos serão usados para ressarcir os cofres públicos.

Por Redação T5 Publicado em
Petrobras1
Foto: Divulgação/Petrobras

O Tribunal Regional Federal, o TRF-4, em Porto Alegre, atendeu a um pedido da Petrobras e da Força-tarefa da Lava Jato e bloqueou mais de três bilhões e meio de reais dos partidos MDB e PSB, além de políticos e de empresas, suspeitos de envolvimento em um esquema de desvios de dinheiro da estatal.

Se condenados, os bens e valores dos envolvidos serão usados para ressarcir os cofres públicos.

Um dos esquemas envolve o pagamento de mais de cento e oito milhões de reais pela construtora Queiroz Galvão ao MDB, em troca de onze contratos com a Petrobras. Segundo as investigações, o ex-senador Valdir Raupp era o operador do partido.

Ao PSB, teriam sido pagos quarenta milhões de reais em propinas pela Queiroz Galvão, OAS e Camargo Correia em contratos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Entre os beneficiados, o senador do MDB, Fernando Bezerra Coelho, atual líder do Governo no Senado, e Eduardo Campos, candidato à presidência, falecido em 2014.

O outro esquema foi descoberto durante a CPI da Petrobras em 2009. As apurações apontaram que o deputado do PP de Pernambuco, Eduardo da Fonte, e o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, morto em 2014, teriam recebido dez milhões de reais da Queiroz Galvão, da Galvão Engenharia e da Metalúrgica IESA para atrapalhar os trabalhos da CPI.

Ao todo, o bloqueio de bens soma mais de três bilhões e meio de reais. A decisão impede a movimentação de recursos do MDB e do PSB, dos três parlamentares, das empreiteiras Queiroz Galvão e Vital Engenharia, e também trava as heranças de Eduardo Campos e Sérgio Guerra.

Já foram congelados, um bilhão e oitocentos milhões de reais do MDB e mais seis envolvidos, oitocentos e dezesseis milhões do PSB e duzentos e cinquenta e oito milhões de reais de Fernando Bezerra e da herança de Eduardo Campos.

O que dizem os investigados 

Já foram congelados, um bilhão e oitocentos milhões de reais do MDB e mais seis envolvidos, oitocentos e dezesseis milhões do PSB e duzentos e cinquenta e oito milhões de reais de Fernando Bezerra e da herança de Eduardo Campos.

Em nota, o PSB afirmou que a acusação se baseia nas doações da campanha de 2010, que foram declaradas à Justiça Eleitoral, e isenta o ex-presidente do partido, Eduardo Campos, já falecido.

As defesas do senador Fernando Bezerra e do deputado Eduardo da Fonte, por sua vez, alegaram que os fatos já foram analisados e arquivados pelo Supremo Tribunal Federal.

A respeito das investigações, o ex-senador Valdir Ralpp declarou que a decisão se refere às doações eleitorais do diretório do MDB, em Rondônia.

O MDB informou que irá aguardar a notificação da Justiça.

O Grupo Queiroz Galvão declarou que não irá comentar a decisão da Justiça.

O SBT Brasil não conseguiu contato com a defesa da família do ex-deputado Sérgio Guerra, também já falecido.

SBT



Relacionadas