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IBGE: total de fundações privadas cai 14% no país

Essa é a primeira vez que o IBGE faz o estudo das Fasfil sozinho. Anteriormente, contava com apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Por Redação T5 Publicado em
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O mercado brasileiro registrou queda de 14% no número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos (Fasfil). São 237 mil fundações equivalentes a 4,3% de 5,5 milhões de empresas e entidades públicas e privadas, lucrativas e não lucrativas do Cadastro Central de Empresas (Cempre).

Os números são de 2016 e foram divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As Fasfil responderam, em 2016, por 2,3 milhões de pessoas ocupadas assalariadas, que correspondem a 5,1% do total.

Essa é a primeira vez que o IBGE faz o estudo das Fasfil sozinho. Anteriormente, contava com apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A recessão foi o principal motivo para a retração no número de Fasfil, porque essas instituições dependem muito de financiamento, tanto público como privado. A pesquisa do IBGE detectou queda no número de Fasfil no país, em 2016: menos 14% em relação a 2013, e menos 16,5%, comparativamente a 2010.

“À medida que se tem um ambiente de instabilidade econômica, as entidades passam a ter mais dificuldades de se financiar”, disse a economista Denise Guichard, pesquisadora do IBGE e integrante da equipe responsável pela análise dos dados da sondagem.

A redução de Fasfil foi mais expressiva nas regiões Norte (-30,4%) e Nordeste (-24,5%) em 2016, em relação a 2013, e também na comparação de 2016 com 2010 (-32,9% e -30,9%, respectivamente). Houve perda de espaço dessas entidades na região Norte e Nordeste, voltadas para a defesa dos direitos, que envolve inclusive produtores rurais.
 
Em contrapartida, houve crescimento do pessoal ocupado entre 2010 e 2016: +11,7%. A expansão foi puxada principalmente pelos aumentos de pessoal ocupado observados nos grupos saúde (25,5%), religião (23,9%) e desenvolvimento e defesa dos direitos (11,4%).

“Essa questão do emprego é importante”, disse a economista. “Porque, apesar de todo o cenário de crise desde 2014, você ter segmentos importantes da economia sinalizando para a abertura de novos postos de trabalho, geração de emprego e renda, eu acho que é importante ressaltar”, afirmou.

Agência Brasil 



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