Metade das capitais do Brasil retirou cobradores dos ônibus; veja a lista
O Brasil tem cerca de 3.300 municípios com serviço de ônibus municipal. Entre as capitais, 14 das 26 cidades retiraram parcial ou totalmente seus cobradores.
Ao menos 56 cidades do Brasil dispensaram os cobradores de parte ou de todas as linhas de ônibus que operam, segundo levantamento da NTU, associação que reúne as empresas de transporte urbano do país.
O Brasil tem cerca de 3.300 municípios com serviço de ônibus municipal.
Entre as capitais, 14 das 26 cidades retiraram parcial ou totalmente seus cobradores. São elas: Belém, Belo Horizonte, Florianópolis, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória.
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Em São Paulo, por exemplo, cobradores deixaram de atuar em parte das linhas locais, que geralmente possuem veículos menores. A cobrança da passagem é feita pelo motorista. A cidade possuía uma lei que exigia a presença de dois profissionais a bordo dos coletivos, mas a regra foi alterada em 2014.
Na Grande SP, houve corte da função em cidades como Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Itapecerica da Serra, Mairiporã e São Bernardo do Campo.
No Rio de Janeiro, 34% da frota ainda opera com trocadores, segundo a NTU. A primeira capital a tomar a medida foi Goiânia, em 1998.
O custo da mão de obra representa cerca de 50% do valor da tarifa paga. Cada ônibus urbano costuma demandar em média cinco postos de trabalho: dois motoristas, dois cobradores e um profissional de mecânica ou do administrativo", explica Otávio Cunha, presidente da NTU.
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O cargo de cobrador perde sua função à medida em que aumenta o uso de meios eletrônicos. Diversas cidades do mundo aceitam pagamento via cartão bancário ou pelo celular.
A presença de cobradores é rara em outros países. Nos Estados Unidos e na Europa, o pagamento é feito ao motorista ou se aceita apenas pagamento por cartão.
Há casos em que o passageiro deve levar o valor exato, sem a possibilidade de pedir troco, de modo a agilizar a cobrança.
Em países como a Alemanha, o usuário precisa comprar e validar o próprio bilhete. A fiscalização é feita por agentes à paisana, que podem pedir o bilhete a qualquer momento. Quem não tiver um tíquete adequado é multado.
O modelo é usado no VLT do Rio.
Por outro lado, a mudança elimina postos de trabalho em um momento de crise no país, que soma mais de 13,1 milhões de desempregados. Segundo a NTU, há cerca de 200 mil cobradores no país.
Lista de cidades que removeram cobradores, total ou parcialmente
Capitais:
Belém
Belo Horizonte (intermunicipais)
Campo Grande
Florianópolis
Fortaleza
Goiânia
Macapá
Natal
Palmas
Porto Alegre (intermunicipais)
Recife
Rio de Janeiro
São Paulo
Vitória
Cidades de médio porte:
Betim (MG)
Campinas (SP)
Caxias do Sul (RS)
Contagem (MG)
Diadema (SP)
Guarujá (SP)
Joinville (SC)
Londrina (PR)
Maringá (PR)
Niterói (RJ)
Petrolina (PE)
Ribeirão das Neves (MG)
São Gonçalo (RJ)
São José do Rio Preto (SP)
São José dos Pinhais (PR)
Sorocaba (SP)
Cidades de pequeno porte:
Araucária (PR)
Barra do Garça (MT)
Barra Mansa (RJ)
Bento Gonçalves (RS)
Bertioga (SP)
Boituva (SP)
Divinópolis (MG)
Dourados (MS)
Esmeraldas (MG)
Ferraz de Vasconcelos (SP)
Garanhuns (PE)
Guarapuava (PR)
Itapecerica da Serra (SP)
João Monlevade (MG)
Lagoa Santa (MG)
Mairiporã (SP)
Marília (SP)
Matão (SP)
Nova Lima (MG)
Ourinhos (SP)
Pato Branco (PR)
Patos de Minas (MG)
Sabará (MG)
São Bento do Sul (SC)
São Lourenço da Mata (PE)
Teófilo Otoni (MG)
Rafael Balado/FolhaPress