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Militares suspeitos de matar músico com 80 tiros no Rio de Janeiro têm prisão mantida

Apenas um dos acusados teve liberdade provisória garantida, a pedido do próprio Ministério Público Militar

Por Redação T5 Publicado em
Militares evaldo rio
Militares evaldo rio Militares evaldo rio Foto: Fábio Teixeira/AP

 A Justiça Militar expediu mandados de prisão nesta quarta (10) contra nove dos dez militares presos pelo assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos, 51, que ia para um chá de bebê com sua esposa, o filho de sete anos, o sogro e uma amiga quando seu carro foi alvejado por 80 tiros de fuzil, no domingo (7).

A operação foi conduzida por integrantes do 1º Batalhão de Infantaria Motorizado, do Exército, que atuam numa área militar em Guadalupe (zona norte do Rio). Evaldo foi enterrado nesta manhã. "A gente ia ficar velho junto! A gente ia morrer junto!", disse sua viúva, Luciana Nogueira, durante a cerimônia.

Apenas um dos acusados teve liberdade provisória garantida, a pedido do próprio Ministério Público Militar. O soldado Leonardo Delfino Costa estava no dia, mas disse que não atirou, fato que não foi contestado por nenhum colega.

Os outros, suspeitos de cometer homicídio doloso e tentativa de homicídio, ficarão presos de forma preventiva. O advogado do grupo, Paulo Henrique Pinto de Mello, disse a defesa "está indignada" e que pedirá habeas corpus para livrá-los da cadeia.

São eles: o tenente Italo da Silva Nunes Romualdo, o sargento Fabio Henrique Souza Braz da Silva e os soldados Gabriel Christian Honorato, Matheus Santanna Claudino, Marlon Conceição da Silva, João Lucas da Costa Gonçalo, Leonardo Oliveira de Souza, Gabriel da Silva Barros Lins e Vitor Borges de Oliveira.

Outros dois militares que participaram da ação, mas não estão detidos, aparecem no caso: o cabo Paulo Henrique Araújo Leite e o soldado Wilian Patrick Pinto Nascimento. Os dois foram motoristas na operação, mas não apertaram o gatilho.
Ninguém é réu ainda, já que as investigações ainda precisam ser concluídas para que o Ministério Público Militar decida se apresentará denúncia ou não.

O promotor Luciano Gorrilhas argumentou que, depois de ler os depoimentos dos militares, viu potencial para homicídio doloso ou tentativa do mesmo contra os outros ocupantes do carro (o sogro de Evaldo ficou ferido) mais um pedestre, também baleado ao tentar ajudar a família.

Via Folhapress

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