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Adolescente é apreendido suspeito de participação no massacre de Suzano

Menor pode ficar internado por 3 anos. Ele já havia se apresentado à Justiça, mas negou envolvimento no caso

Por Redação T5 Publicado em
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Fachada da Escola Raul Brasil, em Suzano Fachada da Escola Raul Brasil, em Suzano Foto: Reprodução/El País Brasil

Uma adolescente de 17 anos, suspeito de ser o terceiro envolvido no massacre que terminou com 10 pessoas mortas na última quarta-feira (14) em Suzano, São Paulo, foi apreendido na manhã desta terça-feira (19).

Ele, que também era estudante da Escola Raul Brasil, chegou a se apresentar à Justiça um dia após o caso, na quinta-feira (15), mas negou qualquer envolvimento com Guilherme Taucci e Luiz Henrique de Castro, os dois atiradores, e acabou sendo liberado.

No entanto, a Polícia Civil investigou os aparelhos de celular do adolescente e dos assassinos, que morreram após promoverem o massacre. Ao serem analisadas conversas por aplicativos de mensagem, ficou constatado que o menor, de fato, auxiliou no planejamento do crime.

Ele foi apreendido em casa e posteriormente levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Suzano, onde foi submetido a exame de corpo de delito. Em seguida, o jovem foi encaminhado para o fórum criminal da região, onde a Justiça vai decidir para qual unidade da Fundação Casa ele será levado.

A internação é de caráter provisório e tem prazo de 45 dias. Caso termine o prazo e não haja sentença judicial de internação definitiva, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pode determinar sua liberação. Em caso de sentença de internação definitiva, o prazo máximo é de 3 anos.

Evidências

Entre as evidências encontradas pela investigação de que o adolescente realmente participou diretamente do massacre, estão depoimentos contundentes de testemunhas. Uma professora diz, por exemplo, que em uma dinâmica de grupo na sala sobre o futuro, o jovem, “de forma fria, sem expressar qualquer sentimento, respondeu que seu maior sonho era entrar em uma escola, armado, e atirar em várias pessoas aleatoriamente”.

Além disso, também em depoimento, um amigo seu confirmou que o menor havia dito que planejou o ataque com um dos assassinos que morreram, mas que não sabia quando o crime seria executado.

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