Traficante apontado como um dos líderes de facção no Rio é morto pela PM
Charlinho do Lixão era um dos traficantes mais procurados da Baixada Fluminense
Um dos traficantes mais procurados da região da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, foi morto nesta terça-feira (26) em operação da Polícia Militar. Charles Jakson Neres Batista, 33, conhecido como Charlinho do Lixão, era apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho em favelas de Duque de Caxias (a 23 km da capital).
Os policiais encontraram o paradeiro do traficante na comunidade do Lixão, no centro do município, com base em dados do serviço de inteligência. Segundo a corporação, ele reagiu à prisão, foi baleado e socorrido para o hospital municipal da área, mas acabou morrendo. Outros três homens foram presos, e armas e munições foram apreendidas.
Filho do traficante Charles Silva Batista, que tinha o mesmo apelido, Charlinho sucedeu do pai no comando das comunidades em 2014, quando o progenitor foi preso. Em junho do mesmo ano, ele também foi detido, pela suspeita de ter encabeçado um homicídio e três tentativas, uma delas contra um PM.
Ele foi libertado em 2016 e, desde então, acumulou ao menos dez mandados de prisão, por homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Seu perfil era considerado inconsequente e violento, e informações que levassem à sua captura seriam recompensadas com R$ 2.000 pelo Disque-Denúncia.
Em 2017, Charlinho foi indiciado pela bala perdida que atingiu Claudineia dos Santos Melo e seu bebê Arthur, ainda na barriga da mãe, quando ela saiu para ir ao mercado. O menino nasceu por uma cirurgia de emergência, mas morreu um mês depois. A polícia defendeu que, como chefe local, ele ordenou, estava presente ou teve responsabilidade pelos disparos.
Uma grande operação com mais de cem agentes tentou prendê-lo algumas semanas depois desse episódio. Após intensa troca de tiros, porém, ele fugiu a pé pela favela do Lixão. Segundo a polícia, a comunidade é um dos principais pontos de drogas da Baixada e é a principal base do traficante Fernandinho Beira-Mar, preso em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Na tarde desta terça, o clima foi de apreensão em Duque de Caxias após a notícia da morte do traficante, apesar de a PM ter informado que reforçou o policiamento na região. A maioria dos comerciantes do principal centro da cidade fechou as portas por volta das 15h.
Nas redes sociais, motoristas afirmaram que a Linha Vermelha, via expressa que corta a zona norte carioca, havia sido fechada na altura da entrada para o município por causa de manifestações, mas a polícia confirmou apenas que estava fazendo bloqueios intermitentes no local. Diversas linhas municipais de ônibus também foram alteradas.
Via Folhapress
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