Justiça acata denúncia e Temer se torna réu no caso da mala de R$ 500 mil da JBS
Episódio aconteceu em abril de 2017, quando ex-assessor de Temer foi filmado recebendo mala de dinheiro de executivo da JBS
O ex-presidente Michel Temer virou réu por corrupção passiva no caso em que seu ex-assessor, Rodrigo Rocha Loures, é acusado de ter recebido uma mala com R$ 500 mil de propina da JBS. A denúncia foi recebida pelo juiz Rodrigo Bentemuller, da 15ª Vara da Justiça Federal de Brasília.
O episódio aconteceu em abril de 2017, quando Rocha Loures, que já é réu na mesma ação, foi filmado recebendo a mala de dinheiro do executivo Ricardo Saud, em ação controlada da Polícia Federal.
Na época, ele foi denunciado por agir em nome de Temer para interceder junto à diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - órgão do governo federal - em benefício da JBS. Delatores da JBS disseram que foi prometida uma "aposentadoria" de R$ 500 mil semanais durante 20 anos ao então presidente Temer e a seu ex-assessor.
Rodrigo Bentemuller acolheu a denúncia a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília. “Verifico que há substrato probatório mínimo que sustenta a inicial acusatória, existindo, portanto, justa causa para a deflagração da ação penal”, disse ele na decisão.
A defesa de Temer sempre negou que seu cliente tenha participado do esquema.
O ex-presidente deixou a prisão na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro na última segunda-feira (25) após quatro dias detido. Ele foi preso preventivamente na Operação Descontaminação, um desdobramento da Lava Jato, por supostamente liderar um grupo criminoso que teria realizado desvios de verba pública de aproximadamente R$ 1,8 bilhão.
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