Magistrada acusa vereadora Marielle Franco de ligação com o Comando Vermelho
Desembargadora Marília Castro Neves afirma que vereadora foi morta por "descumprir acordos firmados". PSOL promete ação na justiça.
O Partido da Solidariedade (PSOL) estuda entrar com uma ação contra a desembargadora Marília Castro Neves, por calúnia e difamação, por conta das declarações dadas pela magistrada em relação a vereadora Marielle Franco, morta na última quarta-feira (14), no Rio de Janeiro.
Em postagem feita numa rede social, a desembargadora afirmou que Marielle fora eleita pelo “Comando Vermelho”, facção criminosa que atua nas comunidades do Rio de Janeiro, e foi executada por “descumprir compromissos assumidos” com eles:
Por esse motivo, o vereador Tarcísio Motta (PSOL-RJ), que afirmou ser um absurdo tais declarações, disse que as medidas garantidas por lei serão tomadas. Outra entidade que manifestou apoio contra as declarações da desembargadora foi a OAB. o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Marcelo Chalréo, disse que está reunindo o material referente as declarações da magistrada para levar ao vice-presidente da Comissão.
Indagado pela ação da desembargadora, o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que ela possui foro por prerrogativa de função no Superior Tribunal de Justiça, fugindo assim da ação do MP-RJ.
O jurídico do PSOL fez uma postagem no twitter, pedindo que todas as acusações veiculadas nas redes sociais sejam enviadas para uma conta de e-mail. A ideia é fazer um levantamento e processar os autores das postagens.
O PSOL também estuda ações contra o Deputado Federal Alberto Fraga (DEM-DF), que, assim como a desembargadora, postou, nas redes sociais, acusações contra Marielle.