Maior traficante de armas do Brasil é preso nos EUA
Armamentos enviados por ele ao país eram de uso exclusivo de tropas especiais e chegavam a custar R$ 50 mil no mercado negro.
Considerado como maior traficante de armas do país, o carioca Frederik Barbieri foi preso na noite da sexta-feira, em Miami, nos EUA. O traficante tinha dois mandados de prisão contra ele no Brasil.
Agentes das Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas viajaram para Miami, onde compartilharam dados e realizaram análises com os investigadores americanos, o que viabilizou a prisão do acusado, em sua própria casa, por agentes do Serviço de Imigração e Alfândegas dos EUA. Com a prisão efetivada, a polícia americana conseguiu barrar o envio de 40 fuzis para o Brasil. Algumas das armas contrabandeadas para cá eram vendidas pelo valor de até R$ 50 mil para traficantes cariocas.
Segundo Fabrício de Oliveira, titular da divisão no Rio de Janeiro, apesar do comércio de armas ser permitido nos Estados Unidos, Barbieri não era negociante legalizado e, por isto, foi preso como contrabandista.
O “senhor das armas” entrou para o crime há cerca de 20 anos, negociando armas na Região Metropolitana. Depois conseguiu o green card e foi morar na Flórida com a família, levando uma vida de luxo e gerenciando o mercado negro de armas à distância.
Barbieri é acusado de ter enviado para o Brasil, em maio do ano passado, 60 fuzis, entre eles AK-47, AR-10 e G3, que só poderiam ser usados por tropas de elite. Eles estavam escondidos em uma carga de aquecedores de piscina. Foi a maior apreensão de fuzis da história no Aeroporto Internacional do Rio nos últimos dez anos.