Roubo de carga no Rio bate recorde
O superintendente substituto PRF, Rafael Alvim, lembrou que o roubo de carga é uma das frentes da Operação Égide.
O roubo de carga no estado do Rio de Janeiro bateu recorde no ano passado, com aumento de 7,3%, passando de 9.874 ocorrências em 2016 para 10.599 em 2017, média de 29 casos por dia. Na capital, foram registradas 5.371 ocorrências; na Baixada Fluminense, 3.167; em Niterói e São Gonçalo, 1.586, e no interior do estado, 475. Os dados foram divulgados hoje (18) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
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Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública informa que criou o Grupo Integrado de Enfrentamento ao Roubo de Cargas, com a participação das forças de segurança do estado e da União, para combater esse tipo de crime.
Para a Secretaria, a integração das forças foi um dos fatores que possibilitaram a redução dessa modalidade criminosa desde setembro. “No mês de dezembro de 2017, houve uma redução de 13,2% no roubo de cargas no estado do Rio em comparação ao mesmo mês de 2016. É o quarto mês consecutivo que o indicador ficou abaixo do registrado em setembro, outubro, novembro e dezembro de 2016”, diz a nota.
O superintendente substituto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio, Rafael Alvim, lembrou que o roubo de carga é uma das frentes da Operação Égide, realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para conter a chegada de armas, drogas e contrabando ao país.
“A gente vem monitorando os indicadores junto ao ISP e tenta readequar o policiamento. É uma preocupação da Polícia Rodoviária Federal, e a gente vem trabalhando mês a mês para tentar mitigar esse problema”, disse Alvim.
Pare ele, esse número elevado de roubo de carga pode ser atribuído à falta de conscientização da população ao consumir produto roubado. “Enquanto esse tipo de comportamento não for penalizado, o cidadão que sabe que a carga é de origem ilegal e quer se aproveitar do preço mais barato, fica difícil só as polícias combaterem esse tipo de problema”.
Na avaliação do diretor de Segurança do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, a situação continua caótica, mas há uma expectativa no setor de que os índices se reduzam este ano. “A boa notícia é que o número de roubos está estabilizando", disse Moura. "Trinta por cento das empresas já não têm seguro [para a carga] no Rio, ou pelo seguro estar muito caro por causa dos roubos ou porque a própria seguradora não quer mais renovar a apólice para o estado do Rio”.
Com informações de Agência Brasil.