'Fake News' é eleita palavra do ano e ganhará menção em dicionário
Em 2017, as menções a "fake news" aumentaram 365%.
"Fake news", "notícias falsas", foi um termo amplamente usado por Donald Trump quando estava em campanha para a presidência, em geral para se referir a notícias negativas sobre ele, mas parece que o mundo inteiro passou a usar o termo. Em 2017, as menções a "fake news" aumentaram 365%.
Outras novas palavras do mundo da política também foram finalistas na escolha do termo do ano, "Echo-chamber", palavra que significa, literalmente, "câmara de eco", mas que ganhou um novo sentido metafórico, e "Antifa".
O termo "câmara de eco" descreve o efeito em que opiniões ou crenças reverberam por repetições - pelas mídias sociais, por exemplo - e acabam sendo reforçadas e percebidas como sendo mais aceitas do que realmente são.
Já "Antifa" é um termo usado para denominar um movimento político autônomo antifascista que propõe uma postura ativa, como o uso de protestos de rua, contra grupos que discriminam minorias.
É o quinto ano em que uma palavra ou frase é escolhida pela editora.
Os vencedores dos dois últimos anos foram "Brexit", que é a saída do Reino Unido da União Europeia, e "Geek", definido pelo dicionário Collins tanto como uma "pessoa talentosa com computadores que se interessa mais por máquinas do que por seres humanos" quanto como alguém "entediante e sem habilidade social".
Mesmo a palavra "Insta"- usada para se referir ao aplicativo de fotos Instagram - não conseguiu vencer, na seleção, o termo usado repetidas vezes por Trump na campanha pela Presidência dos Estados Unidos.
2016 - Brexit: Substantivo que significa a "saída do Reino Unido da União Europeia".
2015 - Binge-watch: Verbo que significa "assistir de uma vez a um grande número de programas televisivos, especialmente a todos os episódios de uma série".
2014 - Photobomb: Verbo que significa "estragar uma fotografia ao passar em frente de quem está sendo fotografado, normalmente fazendo algo bobo, como uma cara engraçada".
2013 - Geek: Substantivo que significa alguém com "talento no uso de computadores, e que parece se interessar mais por eles do que por pessoas"
Uma palavra que surgiu em 2015 no Reino Unido e que ganhou força este ano com a cobertura das eleições para o Parlamento britânico foi "Corbynmania", em alusão ao entusiasmo de eleitores pelo líder trabalhista, Jeremy Corbyn.
Uma segunda palavra muito popular em 2017 foi "gig economy", usada para caracterizar a tendência do mercado de trabalho por contratos temporários e trabalhos de freelance.
Outro termo bastante usado foi "gender fluid", "gênero fluído", que define pessoas que alternam a própria identificação como homem ou mulher através do tempo.
Com informações de BBC Brasil.