Quinta vítima do Covid-19 em Alagoas trabalhava no Mercado da Produção
Outras 83 pessoas testaram positivo para covid-19, sendo três de Rio Largo
Alagoas registrou no final da tarde desta quarta-feira, 15, mais uma morte por coronavírus. A 5ª vítima do coronavírus em Alagoas é um homem de 48 anos, que trabalhava no Mercado da Produção, uma área de grande frequência de pessoas, mesmo depois da pandemia da covid-19.
O homem foi internado na última sexta-feira, 10, no Hospital Veredas, e na segunda-feira, 13 foi transferido para a UTI do Hospital da Mulher, sob ventilação mecânica. Como estava com uma síndrome respiratória aguda grave, o paciente evoluiu devido à falência múltipla de órgãos e parada cardiorrespiratória.
Apesar dos alertas das autoridades sanitárias, muitos alagoanos resistem ao isolamento, a forma mais eficaz, até o momento, de se proteger contra o coronavírus.
Na última quinta-feira, 09, o Cidade Alerta Alagoas mostrou a movimentação no Mercado da Produção. Como é possível conferir nas imagens abaixo, centenas de pessoas se apertavam no local para as compras da Sexta-feira da Paixão.
Atualmente, o maior mercado público da capital conta com 1400 permissionários, e mesmo que não esteja funcionando totalmente, tem registrado frequência intensa de pessoas.
Seguindo o movimento nacional de pico dos percentuais de afastamento com a chegada do final de semana, o estado teve uma melhora de 5,5% no domingo de Páscoa (12) em relação ao dia anterior, atingindo 55,6% de isolamento.
Já nesta semana, os dados indicam uma tendência de declínio em Alagoas, com percentual de 44,9% no índice de isolamento.
O presidente da Sociedade de Medicina de Alagoas, Fernando Gomes, e o oncologista Marcos Davi alertam que se a população negligenciar o isolamento social em Alagoas, o número de casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, vai crescer exponencialmente e provocar o colapso do sistema hospitalar. Para os médicos, o distanciamento permanece como a única e a mais eficaz estratégia para barrar o avanço da doença.
“Se houver relaxamento para menos de 70% da população, teremos colapso no sistema de saúde rapidamente, uma terrível calamidade pública”, alertou o médico Marcos Davi.