Taxa de homicídios de 2019 em Alagoas é a menor em 20 anos
A contínua redução fez 2019 registrar a menor taxa de homicídios por cem mil habitantes em 20 anos.
Alagoas terminou 2019 com o menor número de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) já registrado desde o início da série histórica, em 2011.
Naquele ano, que estava no auge na violência, o estado teve 2.417 homicídios contra 1.184 verificados em todo o ano de 2019, uma redução recorde de 51%.
Quando comparada com 2018, que já obteve o melhor resultado alcançado até então, a queda também foi expressiva: 22,2%.
Em 1999, essa taxa na capital era de 30,9, chegando ao ápice em 2010, com 109,9. Em 2019, caiu para 29,7.
A queda também foi verificada na capital, onde a redução de CVLIs em 2019 ficou em 33,7%, em comparação com 2018. Foram 347 homicídios na capital no ano que passou contra 523 ocorridos em 2018. Em toda a série histórica, a queda também foi recorde: 64,2%. Isso porque em 2011 – ápice da violência – aconteceram 970 mortes só em Maceió.
Dezembro foi o 18º mês consecutivo de redução de homicídios no Estado, totalizando 99 crimes em Alagoas. Comparando com o mesmo período do ano passado, houve uma redução de 16,1%. Em Maceió, foram registradas 33 mortes violentas no último mês do ano, enquanto que em 2018 o período havia contabilizado 35 crimes.
Patrimônio
A Segurança Pública também registrou queda em várias modalidades de roubos. O roubo contra transeunte teve redução de 18% em 2019 em comparação com 2018.
De acordo com o Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac), o ano passado encerrou com um total de 8.538 ocorrências. Já o ano anterior teve um total de 10.415 casos em Alagoas. “Com a integração, o apoio do governador e a determinação que temos em manter o foco, sem dúvida alguma vamos continuar baixando esses números e apresentar, em 2020, outro grande resultado”, projeta o secretário de Estado da Segurança Pública, Lima Júnior.
O roubo de veículos também registrou uma redução de 36% no ano de 2019. Foram 478 ações desta modalidade, enquanto que em 2018 o número ficou em 747 casos. A redução de roubo de cargas foi ainda mais expressiva: 51,8% menos ocorrências em 2019. De janeiro a dezembro, o Neac contabilizou 41 roubos de cargas. O número é menos da metade do registrado em 2018, que teve 85 ocorrências desta natureza.
Também tiveram queda os roubos a estabelecimentos comerciais. O ano terminou com um total de 338 ocorrências, enquanto que em 2018 o número foi de 427 casos. Segundo a estatística, a redução foi de 20,8%. Outro tipo de crime que também teve uma grande redução foi o roubo a instituições financeiras. Graças ao trabalho de repressão e operações realizadas ao longo do ano, apenas quatro crimes foram registrados em todo o estado. Já em 2018 a Segurança Pública contabilizou 22, uma queda de 81,8%.
Em Maceió, o trabalho integrado realizado pelas Polícias Civil e Militar alcançou um resultado histórico no combate aos assaltos a ônibus. O ano terminou com 102 ocorrências. Este é o menor número registrado desde que esta modalidade criminosa começou a ser contabilizada. Quando comparado com o total de assaltos registrados em 2018, que foi de 325, constata-se que o crime caiu 68,6%.
Detran e Seris
O diretor-presidente do Detran, Adrualdo Catão, apresentou as ações promovidas pelo órgão durante o ano passado. As ações educativas e operações da Lei Seca saltaram de 540 em 2018 para 716 no ano passado, uma elevação de 33%. Foram realizados 45.470 testes de alcoolemia em 2019 contra 33.325 em 2018, crescimento de 36%. Já a abordagem a veículos em 2019 cresceu 41% em relação ao anterior.
Um dado que chama a atenção é a queda na fração de testes realizados que resultaram em situações de alcoolemia: 2,6% em 2019. Para se ter uma ideia, essa fração em 2014 era de 9.9%. Na comparação com os dois períodos, a redução foi de 74%.
O secretário da Ressocialização e Inclusão Social, Marcos Sérgio, também apresentou o balanço das ações da pasta que comanda. De janeiro a dezembro de 2019, o Sistema Prisional do Estado não registrou uma única fuga. Vinte e um por cento dos reeducandos do Regime Fechado trabalham no Sistema Prisional e outros 20% do Aberto e do Semiaberto exercem atividade laboral em Alagoas.