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Afundamento de solo obriga CSA a deixar CT no bairro do Mutange

Por Redação T5 Publicado em
CT do Mutange alagoas

Não bastasse a situação crítica que o CSA se encontra na Série A do Campeonato Brasileiro, o clube terá agora de abandonar seu Centro de Treinamento, no bairro do Mutange, em Maceió (AL), por causa de um afundamento do solo.A ação faz parte de um plano para evacuar aproximadamente 1.500 pessoas entregue pela petroquímica Braskem na terça-feira (19) à Defensoria Pública do Estado de Alagoas, à Prefeitura de Maceió e à Justiça Federal.

A área atingida engloba os bairros Pinheiro; Mutange; Bebedouro e Bom Parto. No entanto, apenas o bairro Mutange será desocupado.O local do CT Gustavo Paiva começou a apresentar rachaduras após Maceió presenciar em março de 2018 um tremor de 2,7 graus na escala Richter que desencadeou uma série de problemas que se arrastam até hoje. Relatório da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) apontou a extração do sal-gema pela Braskem como a causa da instabilidade no solo desses bairros que estão literalmente afundando.

A desocupação da região, segundo a empresa, é para que o preenchimento e posterior fechamento de antigas minas de exploração de sal-gema no bairro onde se encontra o clube possa ser feito de forma segura.Com a desocupação, o CSA deve receber uma indenização milionária da empresa que faz parte do grupo Odebrecht.

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Durante reunião, a Braskem confirmou à Defensoria Pública que fará o pagamento de indenização dos imóveis que serão desocupados na região. Corretores imobiliários procurados pela reportagem estipularam um valor de aproximadamente R$ 180 o metro quadrado do CT, chegando a um total de aproximadamente R$ 6,2 milhões. O valor não considera as estruturas físicas do local e as reformas, apenas o terreno.

Além do clube, a população que circunvizinha o CT também será realocada para outras regiões da cidade. Em nota encaminhada à reportagem, a Braskem informou apenas que "está em diálogo com as autoridades públicas para o planejamento e a execução de medidas preventivas com a implantação de uma área de resguardo, no entorno de 15 poços".

A petroquímica também confirmou a desocupação de todos os imóveis desse perímetro. A medida tem como base estudos que o Instituto de Geomecânica de Leipzig (IFG), da Alemanha, vem fazendo a partir dos dados dos sonares executados nos poços de extração de sal.

À reportagem, a assessoria do CSA informou que, apesar de estar ciente dos fatos, o clube ainda não foi notificado de forma oficial pelos órgãos.Além do local ser demarcado como área de calamidade pela Prefeitura em agosto, um fato que chama atenção é que um dos poços desativados de extração funcionava dentro do CT. Outros dois poços ficam ao lado do imóvel.

Em julho deste ano, o presidente executivo do clube, o empresário Rafael Tenório revelou que havia o interesse em levar o clube para um terreno no município de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió, mas a ideia não avançou.



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