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Josival Pereira

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Planos nacionais tornam candidatura de João ao Senado imprescindível

Por Josival Pereira Publicado em
João Azevedo, Governador do Estado da Paraíba
Planos nacionais tornam candidatura de João ao Senado imprescindível (Foto: Secom-PB)

O governador João Azevedo fez uma revelação durante entrevista na última sexta-feira que põe sua candidatura ao Senado em patamar bem além das querelas, injunções e interesses da política tabajara.

A revelação de João é que forças nacionais estariam estimulando e contando com sua candidatura.

Leia-se: o PSB, partido governador, e o presidente Lula, com o PT, querem a candidatura de João Azevedo ao Senado. E essa não é uma daquelas notícias que se lança aqui no Estado apenas para dar prestígio ao personagem da informação sem a devida conexão em Brasília. Em verdade, talvez não seja absurdo até afirmar que João será exigido a se apresentar candidato em 2026.

Existem razões e explicações para que forças políticas nacionais ponham a candidatura do governador João Azevedo como prioridade em seus planos de poder.

Começa pelo presidente Lula e as forças progressistas. É preciso se registrar que uma das disputas mais ferrenhas nas eleições nacionais de 2026 será pela composição do Senado. A direita bolsonarista vai fazer de tudo para eleger o maior número de senadores com o objetivo claro de fazer maioria no Senado para aprovar o impeachment do ministro Alexandre Morais e controlar o Supremo Tribunal Federal (STF), além de poder inviabilizar o governo em caso de nova derrota nas urnas. Na Paraíba, por exemplo, o bolsonarismo já decidiu apostar todas suas fichas na candidatura do pastor Sérgio Queiroz a senador. Mira uma das duas vagas em disputa.

Existe ainda o trauma das eleições de 2022, quando Lula e o PT investiram na candidatura de Ricardo Coutinho e o resultado foi a perda da vaga para Efraim Filho, candidato do União Brasil e mais ligado ao bolsonarismo. A não candidatura de Ricardo em 2018 também é exemplo do que não se deve fazer.

Assim, a candidatura do governador João Azevedo se torna imprescindível para os planos de Lula. A conquista de uma vaga se torna quase certa e João pode ajudar a puxar a outra. Por este prisma, não haveria muita discussão sobre a candidatura de João.

Outra quase inquestionável razão para a candidatura de João Azevedo ao Senado vem dos planos de crescimento do PSB nacional. O plano é ousado e vai até à candidatura do prefeito João Campos (Recife) à presidência da República. Os próximos anos serão fundamentais. Agora, em 2025, o PSB fará congressos nos municípios (março), nos Estados (abril) e nacional (maio). Na reformulação, João Azevedo assumirá a presidência estadual da legenda e, provavelmente, João Campos ascenderá ao comando nacional socialista em maio.

A perspectiva de vitória do governador João Azevedo na disputa por uma vaga no Senado em 2026 parece, então, essencial para os planos de poder do PSB. Nestes termos, dificilmente João poderá recusar e se omitir de participar.

Lógico que tem o problema do poder local, da escolha do candidato a governador e da formação da aliança partidária governista, mas o cenário que se abre nessa perspectiva nacional gera atração praticamente inapelável.

Desse modo, sem nem contar com satisfação pessoal de reconhecimento popular e de ascensão e liderança local, a candidatura de João Azevedo ao Senado vai se tornando imprescindível e irreversível.


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Josival Pereira

JOSIVAL PEREIRA, natural de Cajazeiras (PB), é jornalista, advogado e editor-responsável por seu blog pessoal.

Em sua jornada profissional, com mais de 40 anos de experiência na comunicação, atuou em várias emissoras Paraibanas, como diretor, apresentador, radialista e comentarista político.

Para além da imprensa, é membro da Academia Cajazeirense de Letras e Artes (Acal), e foi também Secretário de Comunicação de João Pessoa (2016/2020), Chefe de Gabinete e Secretário de Planejamento da Prefeitura de Cajazeiras (1993/1996).

Hoje, retorna à Rede Tambaú de Comunicação, com análises pontuais sobre o dia a dia da política nacional e paraibana.