Nilvan Pereira está definindo o próprio destino partidário (Foto: Arquivo/Portal T5)

O comunicador Nilvan Ferreira se encontra em Brasília definindo seu destino partidário para a disputa das eleições municipais de outubro. As opções na mesa são o Podemos, União Brasil e Republicanos.

Em relação ao Podemos, as conversas de Nilvan estão ocorrendo com o deputado Romero Rodrigues, atual líder da legenda na Câmara dos Deputados.

Aqui, o ex-candidato a governador pelo PL, com medo de ingerência superior ou externa, parece buscar a possibilidade de controle total da legenda em Santa Rita, onde deverá ser candidato. Do lado de Romero, a filiação de Nilvan pode contribuir para ele assumir o completo comando da sigla no Estado. Dá ao parlamentar ainda a perspectiva de construir um projeto estadual mais encorpado para 2026, já que contaria também com a candidatura do deputado Ruy Carneiro em 2026.

O problema para Nilvan, se a escolha for o Podemos, é que o partido tem uma estrutura modesta, não garantindo estrutura financeira para a campanha em Santa Rita, além do risco de Romero se aliar ao esquema do governo do Estado para ser candidato a prefeito de Campina Grande.

O União Brasil, sendo um grande partido político, pode garantir a estrutura financeira necessária para a campanha. O problema é que Nilvan ficaria à mercê da gestão partidária do senador Efraim Morais Filho, que já deu sobradas demonstrações de que não cede um milímetro do controle de legenda, além do fato de o parlamentar ter mantido, até outro dia, articulação para atrair o prefeito Emerson Panta para seu agrupamento partidário.

Os planos do União Brasil são também ganhar corpo para a disputa das eleições estaduais de 2026. Para isso, filou o prefeito Bruno Cunha Lima e deverá apoiar a candidatura de Ruy Carneiro na Capital. Nilvan, sendo candidato no terceiro maior colégio eleitoral do Estado, seria um bom reforço. Resta saber se Nilvan quer participar desse projeto estadual como coadjuvante.

A novidade no roteiro de Nilvan, em Brasília, é a conversa com o deputado Hugo Motta. Dois fatores o atrairiam no Republicanos: a estrutura partidária, que é robusta, e a forma como a legenda tem se conduzido na Paraíba, sempre pautado por decisões coletivas entre as principais lideranças. Escaldado com o fechamento de portas do PL e outras legendas, Nilvan busca um partido que dê segurança não apenas para a disputa das eleições de outubro, mas para uma possível gestão em Santa Rita e planos para o futuro.

O problema do Republicanos seria a aliança que o partido já mantém com o governador João Azevedo. Não existe clareza de como poderia as divergências e possíveis conflitos seriam administrados, embora o Republicanos, sendo de direita, tem revelado destreza entre o discurso de independência e a relação com o governo federal.

Não custa lembrar, por exemplo, as ações conjuntas de Lula com o governador Tarcísio Freitas, de São Paulo.

Esses são os principais dilemas que Nilvan levou na bagagem para Brasília. Pelo visto, porém, ele pretende enfrentar a todos e colocar na mala uma sigla ao invés dos dilemas.