PT aprova política ampla de alianças para 2024, inclusive com PL
Josival Pereira analisa a decisão do partido em liberar uma política de alianças mais ampla
A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou, nesta quarta-feira, as primeiras resoluções a serem seguidas pelo partido para a disputa das eleições de 2024. As decisões foram aprovadas em reunião na última segunda-feira.
A mais significativa decisão diz respeito à política de alianças. O PT decidiu liberar a mais ampla política de alianças. Não existe veto, por exemplo, nem à possibilidade de aliança com setores não bolsonaristas do PL .
Durante a reunião, a executiva derrubou, por apenas dois votos de maioria, uma proposta de emenda à resolução que vetava explicitamente alianças com o partido de Bolsonaro - o PL- e com segmentos bolsonaristas de outras legendas. Pela decisão, nos municípios em que o PL local quiser se aliar ao PT, poderá haver a composição desde que os liberais estejam apoiando Lula.
Pela resolução, existe uma escala privilegiando aliados da disputa presidencial. "Acerca da política de alianças, o diretório nacional determina o seguinte: 1) para além da nossa federação, estão autorizadas alianças com a federação integrada por PSOL e Rede; 2) estão autorizadas alianças com partidos e lideranças que apoiaram Lula no primeiro turno das eleições de 2022; 3) não é necessária aprovação prévia no caso de receber apoios de partidos e lideranças que apoiaram Lula no segundo turno das eleições de 2022", diz o texto.
Por antecipação, a direção nacional petista encaminha talvez a decisão mais importante de sua tática eleitoral. O foco nas eleições de 2024 será fortalecer uma ampla e sólida aliança popular e democrática.
De acordo com a decisão, não deverá haver restrições a aliança com o Progressistas na Paraíba, especialmente em João Pessoa, uma vez que legenda no estado teria apoiado Lula nas eleições presidenciais e ainda o apoiaria no Congresso.
Reeleição de Lula
O PT também fez constar em sua mais recente resolução o encaminhamento de luta pela reeleição do presidente Lula. É a primeira vez que o projeto de reeleição consta de um documento oficial do partido.
Durante a campanha, o própria Lula admitiu que não seria novamente candidato a presidente.
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