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Coluna - Josival Pereira

Vergonha nacional: senadores institucionalizam a traição na política

Por Josival Pereira Publicado em
Votação aconteceu em dois turnos
Votação aconteceu em dois turnos (Foto: Divulgação)

A política brasileira vai, célere, cada vez mais se encharcando na lama da sem-vergonhice.

Quem está acompanhando a disputa pela presidência do Senado, que ocorrerá nesta quinta-feira, e cultiva valores morais da decência, um mínimo que seja, deve estar vomitando asco.

Todas as notícias, notas, análises e um monte de entrevistas são no sentido de que o candidato do PL, Rogério Marinho, representante do bolsonarismo, aposta em traições para ganhar a eleição do atual presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco.

Na tentativa de amenização da expressão da safadeza, a palavra traição algumas vezes é substituída por “voto silencioso”. O que dá no mesmo, ou seja, é o voto do senador que, em público, assume um compromisso, anuncia uma posição, mas na urna vota diferente. Traição do mesmo jeito.

Articuladores da candidatura de Pacheco à reeleição não fogem do pantanal da vilania assumida garantem que vão ganhar porque haverá traições dos dois lados.

Tristemente, a eleição para a presidência do Senado será marcada por traição pra lá, traição pra cá. Vai vencer quem conseguir arrebanhar ou fidelizar o maior número de traidores.

Como senadores que compõem a mais alta cada legislativa do país se deixam carimbar por comportamento tão abjeto como o da traição de forma aberta e pública?

A que ponto chegou a política brasileira que autoridades tão elevadas não se incomodam de serem tachados de potenciais traidores?

O que está ocorrendo neste momento em Brasília é a normalização da indignidade, a institucionalização da ignomínia, da sordidez e da infância na política nacional. Ou melhor, numa linguagem mais popular e compreendo, é a normalização e a institucionalização da safadeza e canalhice na política. 
Quanta cachorrada!

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Josival Pereira

JOSIVAL PEREIRA, natural de Cajazeiras (PB), é jornalista, advogado e editor-responsável por seu blog pessoal.

Em sua jornada profissional, com mais de 40 anos de experiência na comunicação, atuou em várias emissoras Paraibanas, como diretor, apresentador, radialista e comentarista político.

Para além da imprensa, é membro da Academia Cajazeirense de Letras e Artes (Acal), e foi também Secretário de Comunicação de João Pessoa (2016/2020), Chefe de Gabinete e Secretário de Planejamento da Prefeitura de Cajazeiras (1993/1996).

Hoje, retorna à Rede Tambaú de Comunicação, com análises pontuais sobre o dia a dia da política nacional e paraibana.