Vergonha nacional: senadores institucionalizam a traição na política
A política brasileira vai, célere, cada vez mais se encharcando na lama da sem-vergonhice.
Quem está acompanhando a disputa pela presidência do Senado, que ocorrerá nesta quinta-feira, e cultiva valores morais da decência, um mínimo que seja, deve estar vomitando asco.
Todas as notícias, notas, análises e um monte de entrevistas são no sentido de que o candidato do PL, Rogério Marinho, representante do bolsonarismo, aposta em traições para ganhar a eleição do atual presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco.
Na tentativa de amenização da expressão da safadeza, a palavra traição algumas vezes é substituída por “voto silencioso”. O que dá no mesmo, ou seja, é o voto do senador que, em público, assume um compromisso, anuncia uma posição, mas na urna vota diferente. Traição do mesmo jeito.
Articuladores da candidatura de Pacheco à reeleição não fogem do pantanal da vilania assumida garantem que vão ganhar porque haverá traições dos dois lados.
Tristemente, a eleição para a presidência do Senado será marcada por traição pra lá, traição pra cá. Vai vencer quem conseguir arrebanhar ou fidelizar o maior número de traidores.
Como senadores que compõem a mais alta cada legislativa do país se deixam carimbar por comportamento tão abjeto como o da traição de forma aberta e pública?
A que ponto chegou a política brasileira que autoridades tão elevadas não se incomodam de serem tachados de potenciais traidores?
O que está ocorrendo neste momento em Brasília é a normalização da indignidade, a institucionalização da ignomínia, da sordidez e da infância na política nacional. Ou melhor, numa linguagem mais popular e compreendo, é a normalização e a institucionalização da safadeza e canalhice na política.
Quanta cachorrada!
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