O poder de Adriano, a reunião com deputados, Walber, Vené, Efraim e Maluf
Serão 4 mandatos seguidos, o que representa 8 anos de poder ininterruptos
Adriano Imperador
Realizadas e concluídas as eleições na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (01/02), o deputado Adriano Galdino (Republicanos) terá se constituído no mais hábil e importante articulador político daquela Casa, com 5 mandatos na Presidência da Mesa, sendo 3 já devidamente exercidos. Serão 4 mandatos seguidos, o que representa 8 anos de poder ininterruptos. Não há registro de fato igual na história mais recente da Paraíba.
Outros deputados usaram o mandato de presidente da Assembleia para se eleger deputado federal (Evaldo Gonçalves, Carlos Dunga, Inaldo Leitão, Gilvan Freire, Rômulo Gouveia, entre outros). Adriano elegeu o irmão Murilo Galdino para a Câmara Federal e ainda ficou com o controle da Assembleia.
Para os parlamentares, Adriano conferiu mais independência e autonomia ao Poder Legislativo face ao Executivo, que, por sua vez, o tem como um aliado correto.
Com o nome que tem – Adriano Cezar Galdino – e o poder que conquistou no Legislativo paraibano, não será surpresa se começarem a chamar Adriano de o Imperador da Assembleia.
Grande encontro
A presença maciça da oposição no café da manhã oferecido pelo governador João Azevedo, neste terça-feira, atesta o acerto do governo em demonstrar grandeza política, buscando unidade e evitando picuinhas, mas revela também que os partidos oposicionistas estão desarticulados e sem líderes.
Na moita
A escolha do deputado Walber Virgulino (PL) para a liderança da minoria na Assembleia, ao contrário do que sua associação com o radicalismo bolsonarista pode sugerir, é outro sinal de desarticulação da oposição na Assembleia: integrantes dos partidos tradicionais preferem ficar na moita.
Vené: vice garantida
O senador Veneziano Vital do Rego (MDB) já garantiu sua permanência na vice-presidência do Senado em caso de vitória do atual presidente, Rodrigo Pacheco. A vaga estava sendo reivindicada pelo PT, mas a bancada de 10 senadores do MDB se impôs nos acordos de distribuição de espaços.
3º turno
Dois dos senadores da Paraíba – Veneziano Vital do Rego (MDB) e Daniella Ribeiro (PSD) – vão votar em Rodrigo Pacheco, candidato que tem o apoio do presidente Lula, para a presidência do Senado na eleição desta quarta-feira. Efraim deverá votar no bolsonarista Rogério Marinho (PL)
Tendência de Efraim
O senador paraibano Efraim Morais (União) vai dando mostra de que se manterá mais ligado ao conservadorismo bolsonarista apesar de o seu partido já integrar com 3 ministros o governo Lula. Porém, na liderança da bancada, que está dividida, será obrigado a se desdobrar no jogo de cintura.
Queluz e Redenção
Dois argumentos do governador João Azevedo para transformar o Palácio da Redenção em Museu da História da Paraíba merecem atenção: o acervo histórico é muito importante para ser usado no dia a dia e que a população merece ter acesso àquele espaço. João se inspirou no Palácio de Queluz, em Portugal.
Contra a piso
O movimento contra a aplicação do piso da enfermagem está se armando fortemente em Brasília. Um estudo, divulgado nesta terça-feira, sustenta que o pagamento do piso pode gerar impacto de até R$23 bilhões. Entre R$5,3 bilhões a R$7,bilhões no setor privado. Estima 30% de demissões.
Maluf 1
Nem sempre o crime compensa. Não indefinidamente. O Ministério Público de São Paulo assinou acordos com as Ilhas Jersey e Ilhas Virgens Britânicas, Banco BTG e Eucatex, empresa da família de Paulo Maluf, para devolução aos cofres públicos de 30 milhões de dólares (mais de R$150 milhões).
Maluf 2
Os valores teriam sido desviados na Prefeitura de São Paulo, na década de 1990, na gestão do então prefeito Paulo Maluf, e aplicados em offshores em paraísos fiscais. Com 91 anos, Maluf, um dos políticos mais corruptos do país, condenado por lavagem de dinheiro e outros crimes, cumpre pena em casa.