Deputados aprovam aumento de 37,32% para seus próprios salários e subsídios de senadores, presidente, vice-presidente e ministros
A resolução ainda falta ser aprovada pelo Senado, o que deverá ocorrer ainda esta semana
Lentos e complicados para fazer tramitar a PEC que garante recursos para pagamento do Bolsa Família de R$600,00 para famílias carentes, os deputados foram ultra rápidos, nesta terça-feira, na aprovação de um reajuste de seus próprios salários (subsídios) e dos salários do presidente da República, vice-presidente e ministros. A resolução ainda falta ser aprovada pelo Senado, o que deverá ocorrer ainda esta semana.
E o reajuste foi generoso: 37,32%, divididos em 4 parcelas. Malandramente, os parlamentares distribuíram os percentuais do reajuste em três anos, ou seja, até o início de 2025, sendo que duas parcelas do aumento vão entrar já agora, até abril próximo.
O primeiro reajuste será de 16,37%. Os subsídios vão saltar de R$33.763,00 para R$39.293,32, igual ao subsídio dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
A partir de 1º de abril, os valores vão aumentar para R$41.650,00 (+6%), passando para R$44.008,52 (+5,66%) em 1º de fevereiro e para R$46.336,19 (+5,36%) a partir de 1º de fevereiro de 2025.
Os subsídios dos ministros do STF também devem ser reajustados em 2023, restando uma definição exata de percentuais.
Impactos
Os reajustes aprovados nesta terça-feira vão gerar os seguintes impactos no Orçamento:
- Câmara dos Deputados: R$104,8 milhões (2023), R$19,1 milhões (2024) e R$20,2 milhões (2025);
- Senado: R$17,3 milhões (2023), R$2,5 milhões (2024) e R$1,3 milhão (2025);
- Poder Executivo: R$8,3 milhões (2023), R$1,2 milhão (2024) e R$1,3 milhão (2025).
Pródigos
É assim que funciona o Congresso nacional brasileiro: pródigo para com os seus e avaro para com os mais necessitados do povo.