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Coluna - Josival Pereira

Em João Pessoa, Cícero já teria decidido dar um "sacode" em equipe de secretários

Por Josival Pereira Publicado em
Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa.
Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa. (Foto: Divulgação/PMJP)

Revelações de assessores próximos e de vereadores mais chegados indicam que o prefeito Cícero Lucena (PP) decidiu dar um “sacode” em sua equipe de secretários e auxiliares de postos mais importantes.

O “sacode” deverá implicar em muitas mudanças, em uma ampla reforma administrativa que o prefeito vinha resistindo, mas que o resultado das eleições, com a derrota do governador João Azevedo (PSB, um aliado incondicional, passou a ser determinante.

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O resultado das urnas teria funcionado como um choque de realidade no prefeito Cícero Lucena e aliados responsáveis pela formulação de estratégias políticas (secretários, vereadores e conselheiros).

Não sem razão. O mapa eleitoral na Capital traçado pelas urnas pode ser considerado até um tanto assustador para Cícero. Não que ele deva se sentir diretamente responsável pelos resultados negativos, até porque nem era candidato, porém, não dá para fugir da constatação que a gestão municipal é parte do problema.

Mesmo em síntese, perceba-se o quadro: o governador João Azevedo, com o apoio do prefeito, foi menos votado do que o candidato Nilvan Ferreira (PL) no primeiro turno e tomou uma maioria de 71 mil votos na disputa do segundo turno com o candidato Pedro Cunha Lima. Além disso, Mercinho Lucena foi menos votado do que Cabo Gilberto na disputa para deputado federal, Walber Virgulino foi o mais votado para deputado estadual e o pastor Sérgio acabou sendo o mais votado para o Senado. Todos candidatos de oposição. O mapa eleitoral mostra ainda que a coligação apoiada pelo prefeito Cícero Lucena perdeu nas três zonas eleitorais da periferia e ganhou apenas nas duas localizadas na praia e nas proximidades.

Querendo ou não, é impossível fugir da leitura de que a gestão da Capital foi também julgada nas urnas recém apuradas. Cícero e aliados já teriam essa consciência e sabem que o problema não é mais 2022. Sabem que é preciso mudar muito para enfrentar 2024.

Avaliações internas, ainda aleatórias, acredita-se que algumas secretarias viraram ilhas e não interagem com a população nem com a própria gestão.

Outras não estariam entregando os resultados esperados. Programas não estariam surtindo os efeitos desejados e alguns projetos precisam avançar mais celeremente.

O remédio mais próximo vai ser mudar nomes, mesmo que desagrade amigos e aliados. E as mudanças devem ser muitas. E talvez antes do Natal.

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Josival Pereira

JOSIVAL PEREIRA, natural de Cajazeiras (PB), é jornalista, advogado e editor-responsável por seu blog pessoal.

Em sua jornada profissional, com mais de 40 anos de experiência na comunicação, atuou em várias emissoras Paraibanas, como diretor, apresentador, radialista e comentarista político.

Para além da imprensa, é membro da Academia Cajazeirense de Letras e Artes (Acal), e foi também Secretário de Comunicação de João Pessoa (2016/2020), Chefe de Gabinete e Secretário de Planejamento da Prefeitura de Cajazeiras (1993/1996).

Hoje, retorna à Rede Tambaú de Comunicação, com análises pontuais sobre o dia a dia da política nacional e paraibana.