Resultados de pesquisas são de acender alertas no PT e na campanha de Lula
Duas pesquisas divulgadas nos últimos dias são para acender todas as luzes de alerta no painel do PT e da campanha de Lula.
O levantamento do Ipespe, conhecido no sábado, apontou o placar de 44% (Lula) a 36% (Bolsonaro). Houve uma variação de 1 ponto percentual para cima para o presidente e o petista se manteve estável.
Pela pesquisa BTG/FSB, divulgada nesta segunda-feira, Lula aparece com 41% e Bolsonaro com 35%. O petista caiu 1 ponto percentual e o presidente subiu 1 ponto em relação aos números da semana passada.
Por que os petistas e a campanha de Lula devem se preocupar?
Do lado do PT, a maior preocupação deve ser com o teto nos números de Lula. Embora apareça estável e em patamar respeitável para qualquer candidato (entre 41% e 44%), Lula não tem crescido. Na verdade, as pesquisas até apontam um ligeiro viés de baixa.
O problema, para os petistas, está do outro lado. É o viés constante de crescimento de Bolsonaro nos últimos dois meses. A cada semana, ele sobe 1 ou 2 pontos percentuais. Se cai 1 ponto na pesquisa seguinte, segura 1 e assim vai se aproximando de Lula.
Faltam 3 semanas para as eleições e, teoricamente, mais 3 rodadas de pesquisas. Se não houver interrupção de tendência, Bolsonaro pode chegar ao dia 2/10 coladinho em Lula, se também for mantida essa oscilação negativa do petista.
Mais grave ainda é que crescimento em pesquisas em reta final de campanha carrega quase sempre a perspectiva de virar onda, o que seria um desastre para Lula.
O PT tem apostas que podem dar resultado. Uma é na fixação do voto, que é muita elevada. Bolsonaro pode estar crescendo em franjas estreitas, que o ajudam, mas podem não ser suficientes para patrocinar uma virada. A outra aposta petista é na campanha do voto útil, iniciada nesta segunda-feira, que tenta atrair votos de Ciro Gomes (PDT) e do eleitor mais esclarecido, que, embora não seja petista, tem apreço pela democracia e rejeitam Bolsonaro.
A semana somente não abalará a campanha petista se os números das pesquisas do Ipec e do Datafolha, que são institutos que ouvem um maior número de eleitores e de forma presencial, se mantiverem mais ou menos como na semana passada.