Presidente do PSOL na Paraiba deixa cargo, pede desfiliação e aponta 'perseguição'
Celso Batista teve pré-candidatura a prefeito de João Pessoa rifada pela executiva municipal neste ano. Partido apoiou Luciano Cartaxo (PT), que terminou em 4º lugar na disputa.
O jornalista Celso Batista revelou, em contato com a coluna nesta quarta-feira (6), sua renúncia ao cargo de presidente estadual do PSOL na Paraíba, além de sua desfiliação do partido. A decisão ocorre no mesmo ano em que sua pré-candidatura à prefeitura de João Pessoa foi retirada pelo diretório municipal do PSOL.
Em uma carta, o agora ex-presidente do PSOL-PB menciona perseguições por parte dos diretórios municipal e nacional. "A maioria da Direção Municipal do PSOL-JP, ao aparentar defender um projeto de ordem pessoal de um militante que se considera dono do PSOL, retirou minha candidatura a prefeito com o apoio e intervenção da Direção Nacional", destacou.
Celso relata que continuou sendo alvo de perseguições mesmo após a retirada de sua candidatura. "No dia seguinte à convenção, começou a perseguição contra mim. A Direção Nacional, em uma decisão sumária e sem qualquer comunicação pessoal, bloqueou meu acesso ao Sistema de Gestão Partidária junto ao TRE", revelou.
Fora da disputa pela prefeitura, Celso ainda tentou lançar-se candidato a vereador, mas também não obteve sucesso. "A Direção Municipal me negou legenda para ser candidato a vereador, mesmo com a abertura de uma vaga na nominata devido à desistência de um companheiro", acrescentou.
Na carta, Celso conclui afirmando que deixará o PSOL. "Diante de tudo o que relatei, apresento minha renúncia ao cargo de presidente estadual do PSOL-PB e, ao mesmo tempo, peço minha desfiliação do PSOL", finalizou.
Primeiro turno em João Pessoa
A ruptura no PSOL começou após o PT decidir lançar candidatura própria em João Pessoa. Com ampla divergência e protesto de parte da militância, o PSOL apoiou a candidatura de Luciano Cartaxo (PT). A candidatura petista terminou em quarto lugar, com apenas 11% dos votos.