Ministro de Lula celebra derrota de Queiroga, apesar da falta de engajamento do PT para isso
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, ressaltou derrota de Marcelo Queiroga e outros ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL) após resultado do segundo turno.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), destacou, na noite desse domingo (27), as derrotas de ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais deste ano. A comemoração do ministro do governo Lula (PT) ocorreu durante uma entrevista coletiva em São Paulo, após a divulgação dos resultados do segundo turno. Entre os alvos de Padilha estava o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL), derrotado por Cícero Lucena (Progressistas) no segundo turno em João Pessoa.
“Todos os ex-ministros de Bolsonaro que concorreram nas eleições municipais foram derrotados. No primeiro turno foi o Ramagem, ex-diretor da Abin, derrotado no Rio de Janeiro, e o ‘coach sanfoneiro’ lá em Recife, derrotado pelo João Campos. Agora, no segundo turno, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, responsável por uma das ações mais criminosas durante a pandemia, foi derrotado em João Pessoa", celebrou Padilha.
Apesar desses resultados apontados pelo ministro de Lula serem significativas para o projeto de reeleição do PT em 2026, é importante ressaltar que a derrota de Marcelo Queiroga não contou com o engajamento total do Partido dos Trabalhadores. Desde o início do processo eleitoral, o PT foi majoritariamente contra uma aliança com Cícero Lucena na capital, evitando uma união contra o candidato bolsonarista — uma tese defendida por poucos, como o presidente estadual do PT, Jackson Macêdo.
No segundo turno, o PT seguiu rachado. Uma das principais lideranças do partido, o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), defendeu o "não voto" nos dois candidatos que foram ao segundo turno. Luciano Cartaxo (PT), candidato derrotado no primeiro turno ficando em quarto lugar com apenas 11% dos votos, também optou por não apoiar a campanha do atual prefeito de João Pessoa contra Marcelo Queiroga.
Dessa forma, o PT, que hoje celebra a derrota do ex-ministro bolsonarista, encerra o ano eleitoral da mesma maneira que o começou: dividido e fragilizado.