Travesti encontrada morta em JP sofria homofobia e vivia relacionamento abusivo, revela tia
"Sempre foi perseguido e as vezes chegava em casa com hematomas", revelou a tia de Sheila
Foto: Reprodução/TV Tambaú
A Polícia Civil confirmou nesta quinta-feira (19), que a travesti encontrada morta em uma pousada na região central de João Pessoa foi assassinada. A princípio cogitou-se a possibilidade de morte natural, mas após uma perícia preliminar a hipótese foi descartada.
O corpo foi encontrado na noite dessa quarta-feira (18), durante a limpeza do ambiente, localizado na Rua da República, região central de João Pessoa. O nome social da vítima era Sheila. Assim que Marcos Paulo de Oliveira da Silva se identificava.
Testemunhas afirmaram que a vítima chegou à pousada, durante a madrugada, acompanhada por um homem, apontado como seu companheiro. Ele deixou deixou o local 20 minutos depois do check in.
O delegado Aldrovilli Grisi, da Polícia Civil, informou que ele o principal suspeito, mas ainda não foi localizado.
Sheila tinha 27 anos. A tia conta que ela já foi agredida várias vezes, vítima de preconceito. A família ficava muito preocupada com a saúde e segurança dela.
"Infelizmente o preconceito se generaliza a cada dia, cresce mais a cada dia. Paulo sempre foi perseguido e as vezes chegava em casa com hematomas", revelou.
A tia disse que, desde que começou a namorar, Sheila se afastou da família e vivia um relacionamento abusivo.
"Tem mais de dois meses que esse companheiro dele não deixava ele sair, assim foi passado para nós. Ele voltava para casa, passava três ou quatro dias e sempre retornava. Daí por diante ele não voltou mais, tem uns dois meses. Ele estava como se fosse preso em casa porque o companheiro não deixava ele sair e fazia ameaças constantes a ele", finalizou.
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